PPGEDU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - CE DIRETORIA DO CENTRO DE EDUCACAO - CE Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: JULLIANE CAMPELO DO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JULLIANE CAMPELO DO NASCIMENTO
DATA : 14/10/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Online
TÍTULO:

CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DE DOCENTES QUE ATUAM NO ENSINO MÉDIO E QUE ENSINAM SEUS ALUNOS A PRODUZIREM O GÊNERO TEXTUAL “REDAÇÃO DO ENEM”


PALAVRAS-CHAVES:

Prática docente,  Produção   Textual, Texto argumentativo, Redação do ENEM.


PÁGINAS: 124
RESUMO:

RESUMO:

Este estudo buscou investigar como docentes de Língua Portuguesa (LP) de colégios públicos propedêuticos e de formação técnica concebem e relatam suas práticas ligadas à produção textual, em especial aquelas, referentes à redação para

 

o ENEM, em turmas do terceiro ano do Ensino Médio (EM). Uma primeira intenção investigativa nos remeteu às concepções dos docentes em relação ao ensino de LP e à produção textual (PT), em geral. Em um segundo momento, nos propusemos a identificar se a ‘‘Redação do ENEM’’ servia como parâmetro para

o ensino de produção de textos argumentativos nas aulas de LP no último ano do EM. Além disso, priorizamos também identificar se o tipo de EM (propedêutico ou técnico) influenciava as concepções e práticas dos docentes participantes e quais conhecimentos e estratégias consideraram como sendo necessários para que os estudantes pudessem ter bom desempenho na redação. Para isso, fizemos entrevistas semi-estruturadas com professores de LP, sendo cinco de ensino técnico e cinco de ensino misto ou só propedêutico que lecionavam em escolas da Rede Federal e da Rede Estadual de Pernambuco e que atuavam no último ano do EM. Realizamos duas entrevistas, sendo uma presencial e uma por vídeo-conferência. Dividimos as análises em categorias e organizamos os resultados em três grandes blocos. Com os dados obtidos, pudemos inferir nas falas, principalmente dos docentes do Estado, resquícios da concepção de um ensino mais fragmentado, no qual seria necessário estabelecer aulas mais específicas para desenvolver o ensino da redação. Todos os professores trabalhavam PT para redação do ENEM nas suas turmas do terceiro ano, sendo que nove deles faziam alguma preparação para a escrita dos alunos, usando dispositivos como levantamento dos conhecimentos prévios, reportagens, textos motivadores, dentre outros. Cinco professores entrevistados do Estado e três do ensino técnico afirmaram que corrigiam os textos dos alunos seguindo os critérios do ENEM. Ainda no primeiro bloco, identificamos que metade dos entrevistados nunca utilizou o Livro Didatico de LP com a finalidade de ensinar redação, muitos faziam uso de materiais pedagógicos próprios. No segundo bloco, notamos que, embora a argumentação tenha sido mencionada pelos professores como uma aprendizagem a ser desenvolvida na produção textual dos estudantes, para metade deles era essencial os alunos compreenderem apenas aspectos acerca da temática e da estrutura textual. No último bloco, constatamos que os professores consideravam como positiva a avaliação da Redação do ENEM ser feita através das cinco competências, mas para muitos a exigência da quinta competência era considerada como um ponto negativo, assim como o formato da prova, visto como engessado. De modo geral, percebemos que a formação dos professores e, sobretudo, as condições de trabalhos proporcionadas pelas Redes podem influenciar o ensino, pois os docentes do ensino técnico, que também eram contratados com Dedicação Exclusiva, apesar de terem menos aulas semanais que os docentes da rede estadual possuíam em sua carga- horária aulas para atendimento individual ao aluno. Diferente disso, a maioria dos docentes entrevistados da rede estadual ainda lecionavam em mais de uma escola,

o que dificultava esse acompanhamento individualizado ao estudante. Percebemos, também, que havia um maior interesse dos professores da rede estadual em trabalhar com textos, quase que exclusivamente, dissertativos-argumentativos no terceiro ano do EM. Essa estratégia de ensino parte muitas vezes de uma exigência da gestão escolar para elevar o número de estudantes aprovados no vestibular ao final do ano, como afirmou um dos docentes. Essa mesma cobrança não ocorre com os docentes do ensino técnico, uma vez que, os alunos daquela modalidade de EM já saem com uma formação profissional.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1132499 - ARTUR GOMES DE MORAIS
Externa à Instituição - LEILA NASCIMENTO DA SILVA
Interna - 1167836 - TELMA FERRAZ LEAL
Notícia cadastrada em: 07/10/2021 16:45
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