Axé, Mandinga e Munganga: Subjetivação e Produção de Sentido do Ser/Coletivo nas Sambadas de Coco do Recife e Região Metropolitana
Crioulização; Ancestralidades; Cosmovisão Africana e Indígena; Sambadas de Coco; Mestres Tradicionais; Educação Popular
Esse trabalho é fruto de uma busca e curiosidade sobre o fazer educativo e práticas coletivas comunitárias partilhados nas experiências das sambadas de coco de roda do Recife e Região Metropolitana no período de 2018 a 2021.Tem-se como enfoque poético investigativo algumas análises e abordagens de como as brincadeiras populares e as manifestações tradicionais, nessa circularidade, tem-se o Coco de Roda em seu aparato simbólico e cultural, este perpassado por experiências educativas e culturais, tanto das identidades quanto das singularidades dos territórios à potencializar na descolonização da educação, dialogando sobre a produção crítica/coletivo compartilhadas, de quais formas tais iniciativas se substanciam e se justificam em processos de subjetivações coletivas a promover a valorização, difusão, formação de identidades culturais coletivas e discursos plurais. Dessa forma articulou-se uma perspectiva da ancestralidade e pós-colonialidade, onde a tessitura e escrita foi animada com fragmentos de memórias, textos, anotações, rascunhos, imagens, sensibilidades, argumentos teóricos e metodológicos que anteciparam o momento da pandemia e a experiência na pós-graduação, que nesse processo abrupto do encontro com a ordem do imprevisível renascem, brotam e florescem no fazer educativo, criativo e poético de um brincador e sambador do coco de roda e educador popular. Hoje esses elementos que saltam e dançam deixam um pouco das raízes a mostra. Sendo assim, este trabalho valeu-se de referenciais que possibilitaram a articulação, valorização e produção sob a perspectiva da cosmovisão africana e indígena, percebendo processos pedagógicos e formas de educação que ocorrem fora das formas canônicos de ensino-aprendizagem.