PPGCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO - CAC DEPARTAMENTO DE COMUNICACAO SOCIAL - CAC Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: LUCIO SOUZA FERREIRA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUCIO SOUZA FERREIRA DA SILVA
DATA : 27/08/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Videoconferência Via Google Meet (Pandemia Covid19)
TÍTULO:

QUEERIZANDO O K-POP: O COVER COMO PRÁTICA DE SUBVERSÃO


PALAVRAS-CHAVES:

Cultura Pop. K-pop. Dança cover. Performance. Precariedade.


PÁGINAS: 50
RESUMO:

A cultura pop é construída por vários clichês que nos atravessam diariamente, e com a música pop sul-coreana não é diferente. O K-pop, como um projeto de modernidade e divulgação de uma certa ideia de coreanidade, se espraia pelo mundo acionando clichês e apresentando horizontes raciais e de gênero muito bem demarcados. Encontramos na dança cover de K-pop um terreno profícuo para observar as incorporações dos valores da Onda Coreana, pois como aponta Diana Taylor (2013), com as noções de arquivo e repertório, o corpo também é uma instância de transmissão do conhecimento que se atualiza a cada performance, e ao reservarmos nosso olhar para os covers de K-pop no Recife, encontramos fãs marcados por aquilo que Butler (2019) reconhece como precariedade, corpos sujeitos à diversas situações de marginalização social e preconceito, mas que encontram na condição compartilhada de precariedade um elo de solidariedade, permitindo a soma e atravessamento dessas lutas, reivindicando para si o espaço público. A pesquisa é desenvolvida a partir de um reconhecimento dos padrões de corpo, identidade, raça e sexualidade cristalizados no pop-sulcoreano por meio da observação de exemplos consagrados no mercado, como o grupo Girls’ Generation. Prossegue-se com a percepção da capilaridade ao analisarmos covers de dança que se utilizam da tag “KPOP IN PUBLIC” na rede social de compartilhamento de vídeos YouTube, onde encontramos assimilações de uma estética da fofura, o aegyo, que passa a operar sob a chave do “lacre”, do exagero, ao ser incorporada por homens gays negros e latinos. O processo se afunila quando acompanho o grupo Black Unicorn, que materializa as diversas marcas de precariedade apontadas por Butler (2019) e faz aparecer a noção de solidariedade delineada pela autora quando esse grupo de jovens vidas precárias se reúnem para dançar e atualizar as coreografias do K-pop com seus corpos desviantes.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1241843 - FERNANDA CAPIBARIBE LEITE
Externa à Instituição - KRYSTAL CORTEZ LUZ URBANO
Presidente - 2322090 - THIAGO SOARES
Notícia cadastrada em: 17/06/2022 11:34
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