PPGCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO - CAC DEPARTAMENTO DE COMUNICACAO SOCIAL - CAC Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: BEATRIZ ANDRADE STEFANO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BEATRIZ ANDRADE STEFANO
DATA : 30/11/2021
LOCAL: Via Videoconferência Google Meet (Pandemia Covid19)
TÍTULO:

O gesto e as imagens híbridas contemporâneas: uma análise dos documentários Era o Hotel Cambridge (2016), Swinguerra (2019) e Agora (2020).


PALAVRAS-CHAVES:

gesto; imagem híbrida; cinema brasileiro; tableau vivant; pintura; fotografia.


PÁGINAS: 26
RESUMO:

O presente trabalho busca analisar o aparecimento do gesto no cinema contemporâneo brasileiro, a sua relação com as imagens híbridas contemporâneas e a sua dimensão política, especificamente nos documentários Era o Hotel Cambridge (2016), de Eliane Caffé, Swinguerra (2019), de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, e Agora (2020) de Déa Ferraz. Para isso, a pesquisa se propõe a discutir as seguintes questões: de que forma o gesto aparece nesses filmes? Como o poder expressivo do gesto se relaciona com as imagens híbridas, entre os atravessamentos do cinema, fotografia, teatro e pintura? Qual é a dimensão política que a aparição do gesto atinge em tais filmes? Segundo o filósofo Giorgio Agamben, “No fim do século XIX, a burguesia ocidental havia definitivamente perdido seus gestos. ” (P. 51, 2015). Tal sentença à princípio bastante determinante, afinal é possível perdemos nossos gestos?  Se refere ao momento do capitalismo avançado que havia capturado os gestos mais habituais do homem, como o caminhar e o falar. Esses não conseguiam desempenhar um movimento completo sem a interrupção por tiques, maneirismo e espasmos. Em uma sociedade que havia perdido seus gestos, no cinema existe a busca por sua reapropriação e registro da perda como também atesta Agamben (2015).  Analisar os três filmes que compõem o corpus da pesquisa é também uma tentativa de atestar a sobrevivência do gesto no cinema contemporâneo. Para compreender a natureza do gesto é necessário compreender o seu poder expressivo que no texto Por uma Política e Uma Ontologia do Gesto (2018), o filósofo utiliza como exemplo a fantasmata. Esta se refere a um momento da dança, defendido pelo coreógrafo Domenico da Piacenza, em que existe uma pausa repentina entre o movimento que antecede e sucede a coreografia. Nesse sentido, a questão da interrupção do movimento é essencial para pensarmos a natureza do gesto e podemos encontrar uma atualização das discussões sobre as imagens híbridas através do “dispositivo tableau vivant”, onde a tênue relação entre movimento e imobilidade é essencial para tal prática. Diante das colocações acima, a presente pesquisa busca ampliar os estudos da comunicação sobre o gesto, assim como a atualização do debate sobre as imagens híbridas, pois acredita que trará contribuições especialmente no campo da estética e política. Além de abrir caminho para novas interpretações das imagens contemporâneas. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1205991 - JOSE AFONSO DA SILVA JUNIOR
Presidente - 1435892 - NINA VELASCO E CRUZ
Interno - 2322090 - THIAGO SOARES
Notícia cadastrada em: 23/11/2021 18:32
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