O cinema brasileiro contemporâneo de ficção científica: estratégias para uma existência
cinema; brasileiro; ficção científica;
A ficção científica no cinema é ainda hoje um gênero muito associado a grandes orçamentos, filmes americanos e efeitos especiais (ABBOTT, 2009), sendo essa concepção um dos principais obstáculos para o desenvolvimento do
gênero no cinema brasileiro. Entretanto, esse cenário vem aos poucos se modificando conforme aumentam as produções de filmes de ficção científica e do cinema fantástico de maneira geral, não só no Brasil mas outros cinemas periféricos. Usando um referencial teórico de (SUPPIA, 2007; GINWAY, 2005; LYRA, 2008; ABBOTT, 2009, REDMOND, 2009), a pesquisa busca mostrar as estratégias que o cinema brasileiro contemporâneo tem desenvolvido diante das limitações orçamentárias para produzir filmes de ficção científica. Trazendo um panorama do cinema brasileiro contemporâneo através da análise de filmes como Divino Amor (2019) de Gabriel Mascaro, Bacurau (2019) de Kleber Mendonça e Juliano Dornelles, Carro Rei (2021) de Renata Pinheiro, Branco Sai, Preto Fica (2014) e Era uma vez Brasília (2016) de Adirley Queirós, A repartição do tempo (2018) de Santiago Dellape, entre outros.