RELAÇÃO DA DISPERSÃO DE EXCITABILIDADE E O POSICIONAMENTO DO FEIXE DE ELETRODOS EM PACIENTES SUBMETIDOS A IMPLANTE COCLEAR
Palavras-chave: Implante coclear, dispersão de excitabilidade, posicionamento de eletrodos, tomografia computadorizada de feixe cônico.
O implante coclear é considerado um tratamento revolucionário para os pacientes com perda auditiva sensorioneural severa a profunda bilateral, seus resultados dependem de vários fatores relacionados a perda auditiva, como: etiologia, tempo de privação sonora, posicionamento do eletrodo intracoclear, número de eletrodos ativos, programação entre outros. Durante a cirurgia podem ser realizadas medidas objetivas como impedância, telemetria de resposta neural, e dispersão de excitabilidade (spread of excitation), com finalidade de avaliar a viabilidade e o funcionamento do nervo auditivo, assim como o posicionamento dos eletrodos dentro da cóclea. Apesar dessas medidas, a posição real dos eletrodos deve ser melhor estudada através de exames de imagem, desses a tomografia computadorizada de feixe cônico foi escolhida, recentemente, como melhor opção para avaliar o posicionamento do feixe de eletrodos no pós operatório, pois é um exame com menor carga de radiação, e permite maior precisão no posicionamento do eletrodo intracoclear. Objetivo: Analisar a relação entre a medida da dispersão de excitabilidade e o posicionamento do feixe de eletrodos identificada por imagem em pacientes submetidos a implante coclear. Método: Trata-se de um estudo transversal, observacional com avaliação de pacientes adultos submetidos a cirurgia de implante coclear. A coleta de dados consta de 3 etapas, primeira de captação dos pacientes por meio de prontuários, posteriormente a avaliação da imagem da tomografia computadorizada de feixe cônico para devida caracterização do posicionamento do eletrodo intracoclear através da distância do eletrodo para o modíolo, posição do eletrodo em relação as rampas cocleares e identificação de dobras, torções e translocação do feixe de eletrodos; na terceira e ultima etapa será realizada a medida da dispersão de excitabilidade conduzida por uma fonoaudióloga experiente em programação de implante coclear.