Análise do Bioma Caatinga no semiárido paraibano: Potencial Energético e Desertificaçao
Semiárido. Análise Temporal. Biomassa Florestal. Potencial Energético. Desertificação
Na região semiárida do nordeste brasileiro ocorre à extração ilegal da biomassa florestal, apesar de deter um enorme potencial energético e um forte papel para economia regional com a produção de lenha e carvão, surge como um dos principais indicadores de desertificação, juntamente com a intensificação de fatores climáticos, essas áreas tem sofrido grandes mudanças, como é o caso de Cabaceiras na Paraíba, muito conhecida como o município mais seco do Brasil, o qual abastece fornos industriais de diversas regiões. Neste sentido, o objetivo deste estudo é realizar uma análise da cobertura vegetal com um recorte do município de Cabaceiras para identificarmos a situação atual da biomassa florestal advinda da caatinga, além de realizarmos um levantamento da produção de lenha e do consumo no estado. Para a realização do trabalho de pesquisa, foram adquiridas imagens da série LANDSAT para os anos de 2010, 2015 e 2020, disponibilizadas gratuitamente pelo States Geological Survey (USGS). O software utilizado para o processamento das imagens foi o QGIS
3.4.13. No programa é possível trabalhar com diversos formatos vetoriais, matriciais e com gerenciamento de banco de dados. Com relação aos índices foram selecionados índices de vegetação de larga aplicabilidade, incluindo o Índice de Vegetação da Razão Simples (SRI), Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI), e o Índice de Vegetação Ajustado para o Solo (SAVI) de forma a garantir o mapeamento multi- temporal que está disponibilizado em mapas. Para analise da produção de lenha das mesorregiões do estado da Paraíba foram utilizados dados com o Valor Bruto de Produção (VBP) e da evolução da quantidade de lenha produzida nas mesorregiões do estado da Paraíba, em metros cúbicos, no período de 1994 a 2014. Além do consumo de lenha divida pelos setores domiciliar e Industrial/Comercial do Estado da Paraíba e a área desmatada para atender a referida demanda ao longo de 10 anos (1992/1993 – 2002/2003). Tais informações foram coletadas a partir do Sistema de Recuperação Automática (SIDRA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além de dados recolhidos da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA). Onde se notou que houve uma diminuição da quantidade produzida, passando de 1.173.383 m³, em 1994, para 484.142 m³, em 2014. De forma a acreditar que tenha influencia no monitoramento dos órgãos ambientais.