Banca de DEFESA: Emmanuel Franco Neto

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Emmanuel Franco Neto
DATA : 06/09/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Remotamente
TÍTULO:

ANÁLISE ICNOTAXONÔMICA E PALEOAMBIENTAL DE UMA SEÇÃO DA FORMAÇÃO PIMENTEIRA, DEVONIANO DA BACIA DO PARNAÍBA


PALAVRAS-CHAVES:

Piauí; Rio Sambito; Icnofácies Cruziana; Icnofácies Skolithos


PÁGINAS: 97
RESUMO:

A Bacia do Parnaíba é caracterizada por uma extensa e complexa história geológica, apresentando uma coluna sedimentar com rochas paleozoicas e mesozoicas, que abrange cerca de 3.500 m no depocentro, cortadas por rochas ígneas intrusivas e extrusivas relacionadas a eventos magmáticos. Essa bacia ocupa uma área em torno de 600 mil km² nas regiões Nordeste e Norte do Brasil, em parte dos estados do Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará, Ceará e Bahia. A Formação Pimenteira (Eifeliano-Frasniano), que está inserida no Grupo Canindé, foi depositada durante a maior ingressão marinha da Bacia do Parnaíba. Sua litologia é definida por folhelhos cinza escuro a preto ou esverdeados, radioativos, com níveis ricos em estruturas de bioturbação e um elevado teor de matéria orgânica. Registram-se também a intercalação dos folhelhos com siltitos e arenitos. O ambiente deposicional é interpretado como uma plataforma dominada por tempestades. Em termos icnológicos, essa formação é a que apresenta maior diversidade e abundância de icnofósseis no Grupo Canindé. Este trabalho tem como objetivo analisar os icnofósseis e interpretar o paleoambiente em seções da Formação Pimenteira. O presente estudo baseou-se em descrições in loco e em amostras coletadas no município de Pimenteiras (Piauí). A seção em estudo localiza-se no leito do Rio Sambito, sendo caracterizada pela intercalação de arenitos fino a muito fino e siltitos. No topo das camadas dos arenitos é registrado marcas de onda (intervalo mais abundantes em estruturas de bioturbação) e estratificação cruzada swaley e hummocky. Foram identificados 28 icnotáxons: Arenicolites isp., Arthraria isp., Beaconites isp., Bifungites cruciformis, B. piauiensis, Cruziana isp., Cylindrichnus isp., Didymaulichnus isp., Diplichnites isp., Diplocraterion isp., Granularia isp., Gyrophyllites isp., Halimedides annulata, Helminthopsis isp., Lockeia siliquaria, Lophoctenium haudimmineri, Nereites isp., Palaeophycus tubularis, Psammichnites isp., Planolites isp., Protopaleodictyon spinata, , Rosselia isp., Rusophycus isp., Schaubcylindrichnus isp., Skolithos isp., Taenidium barretti, Teichichnus rectus e Thalassinoides isp. Esses icnotáxons concentram-se em estratos associados à deposição em contexto de offshore transicional a shoreface inferior, com predomínio de estruturas biogênicas horizontalizadas, além de estruturas verticais ocorrendo de modo subordinado. A partir dessa icnoassociação foi possível caracterizar as suítes Bifungites, Lophoctenium e Palaeophycus, que representam uma icnofauna residente geralmente atribuível à icnofácies Cruziana e uma icnofauna pós-tempestade atribuível à icnofácies Skolithos e representada pela suíte homônima. A icnofauna pós-tempestade apresenta dominância de escavações verticais com intensidades variáveis e estão associadas às condições de alta energia resultantes do evento de tempestade. Por outro lado, o topo dos leitos de tempestade pode ser retrabalhado pela fauna bentônica, resultando em expressões comuns à icnofácies Cruziana.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANTONIO CARLOS SEQUEIRA FERNANDES - UFRJ
Externo à Instituição - SANDRO MARCELO SCHEFFLER - UFRJ
Presidente - 1133329 - SONIA MARIA OLIVEIRA AGOSTINHO DA SILVA
Notícia cadastrada em: 05/09/2022 16:39
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa11.ufpe.br.sigaa11