Estudo da Biodegradabilidade do Azo Corante Direct Black 22 (DB22) Utilizando as icroalgas Chlorella vulgaris, Arthrospira platensis, Dunaliella tertiolecta e Tetradesmus obliquus.
Microalgas, Tratamento biológico, Efluente têxtil, Corante azo, Algas, Biotecnologia
O tratamento biológico de efluentes têxteis tem recebido bastante atenção, em razão das suas vantagens em relação aos métodos químicos convencionais, pois apresentam bom custo-benefício, alta sustentabilidade, operação simples e baixa geração de lodo. Neste sentido o emprego de microalgas para o tratamento de efluentes têxteis apresenta-se como uma vertente promissora. Tendo em vista o baixo custo de aplicabilidade desta tecnologia e o retorno econômico com o produto gerado pela biomassa algal, como bicombustível e proteínas. A degradação do DB22 utilizando a microalga Chlorella vulgaris foi evidenciada nas condições utilizadas. A degradação foi avaliada por espectrofotômetro UV-vis observando a a remoção do pico do corante (475nm). Para avaliar a ação enzimática foi realizado um teste de reação das células da microalga em NADPH. Utilizou-se o Allium cepa como bioindicador de toxicidade do corante tratado. O crescimento e as características morfológicas da Chlorella vulgaris não sofreram interferência pela presença do corante no meio reacional. Obtendo uma eficiência de remoção do corante foi em torno de 62%. Foi constatada uma maior presença de enzimas azoredutoras na condição em a microalga cresceu com o DB22. Os testes de FTIR realizados na biomassa microalgal ao final do tratamento, confirmaram a presença enzimática presente nas células das microalgas. O processo fotocatalítico também foi observado pela diferença das reações no tratamento com e sem luz. Não se detectou toxicidade ao final do tratamento onde houve crescimento da microalga. Fazendo com que a Chlorella vulgaris apresentasse capacidade de remoção do corante têxtil, sendo assim, indicada como alternativa para remoção de poluentes têxteis.