A Informação política como prática de cuidados para pessoas trans e travestis: mediação da informação nas redes sociais
Informação Política; Mediação da Informação; Travestis; Transexuais; Redes sociais.
Em um novo modelo de interações sociais que têm sido potencializadas pela utilização do ciberespaço e das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), é possível reconhecer-se e reconhecer os outros, criar redes e grupos de apoio e interação baseados em características mútuas. Desta forma, o advento das redes sociais no ciberespaço pode ser considerado um local de reconhecimento individual ou de um grupo, dialogando diretamente com o processo de reconhecimento dito por Fraser (2001). Neste cenário, temos as redes sociais como instrumentos de integração entre as realidades postas e suas representações no meio digital, onde se articulam aspectos culturais e políticos. A partir do processo de reconhecimento e não-reconhecimento, proposto por Fraser (2001) e do processo de subalternização sobre grupos minoritários socialmente, exposto por Spivak (1985), buscamos compreender e problematizar o processo de mediação da informação política como prática de cuidados para sobrevivência de pessoas trans* e travestis. Assim, o objetivo geral desta pesquisa de faz analisar a mediação da informação política realizada pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais por intermédio das redes sociais. Entendemos, nesse contexto, que a informação política funciona como potencializadora da consciência crítica, consequentemente mantenedora da realidade e sobrevivência da população trans* e travesti, como uma prática de cuidado. Quanto à metodologia, é um Estudo de Caso com natureza quantitativa e explicativa quanto aos fins. Para análise dos dados, utiliza-se a proposta de Análise de Conteúdo de Bardin (1977).