Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA CAROLINA DE FREITAS TRINDADE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CAROLINA DE FREITAS TRINDADE
DATA : 28/01/2022
LOCAL: remota, 10h
TÍTULO:

Os Recifes de Cícero Dias e Paulo Bruscky.


PALAVRAS-CHAVES:

Recife; vanguardas; modernidade; montagem.


PÁGINAS: 150
RESUMO:

Partindo do princípio de que a produção artística de um determinado período pode contribuir para um entendimento mais rico de um período da história de uma cidade, este trabalho propõe uma reflexão sobre as imagens do Recife por meio das obras dos artistas Cícero Dias (1907-2003) e Paulo Bruscky (1949).  Os artistas foram atuantes na disseminação vanguardas artísticas e do ideal de modernidade e em diferentes temporalidades e modos de expressão/ação – pintura e performance –, Dias e Bruscky apresentaram ao mundo variadas percepções sobre a cidade e os efeitos da modernização na sua materialidade e imaterialidade. Foi no final da década de 1920 e a partir dos anos 1970, que as obras de Dias e Bruscky, respectivamente, despontam no cenário nacional por seu caráter inovador e vanguardista e um período contínuo de intensa discussão das representações da modernidade na cidade. Os artistas produziram um acervo grande de obras que fazem relações diretas ou indiretas ao cotidiano da cidade e que nos ajuda a apreender melhor a experiência urbana na cidade. Eram imagens de um Recife que não seguiam uma linearidade, havia surpresas, interseções, encontros e descompassos entre o tempo e espaço. Uma forma de pensar e de apresentar a cidade que se aproxima daquela elaborada por Walter Benjamin com seus estudos das imagens da modernidade da paris do século XIX, que não apenas buscou regressar e apresentar os fatos e fenômenos que originaram a formação destas imagens, mas apresentou uma outra forma de contar a história. Por meio da coleção de fragmentos de tempos variados, lugares e sobretudo a partir de personagens ordinários da cidade, Benjamin propôs a montagem, técnica, herdada do cinema vanguarda e dos escritos surrealistas e das obras dadaístas, como forma de pensar e sobretudo como proposta de apresentar uma outra história na perspectiva dos anônimos, vencidos ou sem nomes. A montagem como forma de pensar é um método que não se restringe a aspectos técnicos artísticos de vanguarda, que podemos reconhecer nas obras dos artistas, mas que perpassa por questões teóricas e históricas do campo das artes e pode ser utilizado para pensarmos a história das cidades. Ao aproximarmos artistas de temporalidades diferentes, buscamos investigar a similaridades, sobrevivências e mudanças nos gestos urbanos dos artistas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1149557 - FERNANDO DINIZ MOREIRA
Externo à Instituição - JOSE TAVARES CORREIA DE LIRA - USP
Externo à Instituição - MOACIR TAVARES RODRIGUES DOS ANJOS - FJN
Interna - 1132357 - VIRGINIA PITTA PONTUAL
Notícia cadastrada em: 12/01/2022 14:25
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