Banca de DEFESA: JOSÉ MATHEUS LIRA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOSÉ MATHEUS LIRA DA SILVA
DATA : 04/02/2022
HORA: 14:00
LOCAL: MDU, CAC, UFPE
TÍTULO:

MICROFÍSICA DO JEITINHO BRASILEIRO: Uma arqueologia do infrapoder do corpo social frente à pandemia da COVID-19


PALAVRAS-CHAVES:

Infrapoder. Corpo Social. Indisciplina. Brasil. Covid-19. Análise do Discurso Foucaultiana.


PÁGINAS: 165
RESUMO:

Muito provavelmente todos já devem ter ouvido falar do célebre “jeitinho brasileiro” e sobre como ele possui impacto na vida cotidiana no Brasil, especialmente em tempos pandêmicos onde engajar socialmente o brasileiro em torno de medidas de mitigação do contágio tem se transformado em um desafio deveras tortuoso. Não obstante, tem-se que o conceito do “jeitinho” é fruto de anos de estudos da corrente clássica da teoria nacional fundada por Gilberto Freyre, tal conceito foi e vem sendo usado como meio para se compreender o comportamento e o modo de ser do brasileiro mediante uma característica que lhe é epidérmica: a indisciplina. A partir desse entendimento, permite-se conjecturar que essa indisciplina está diluída no âmago dos indivíduos e acarreta, por isso, em reflexos que ecoam no ordenamento social, na esfera política, na economia e em tantos outros fatores. No entanto, conforme os anos avançaram, a abordagem clássica acerca do “jeitinho” foi se mostrando cada vez mais problemática, principalmente se se leva em consideração a sua inclinação à culpabilização do brasileiro por uma herança, tida como imutável, do mundo colonial e à atribuição de características que atuam na retirada de sua autoestima. Por esse motivo, faz-se necessário repensar essa “indisciplina brasileira” sob outra ótica. Destarte, toma-se enquanto lente a teoria de Michel Foucault, mediante a qual se possibilita desvelar o jeitinho, agora definido enquanto “infrapoder do corpo social”, enquanto um contrapoder surgido para combater diretamente o superpoder do Estado; tirando, assim, a errônea áurea de exclusividade criada pelos clássicos e aproximando o brasileiro de outros povos. Assim, ao responder com ações indisciplinadas às mais diversas situações no campo empírico, o brasileiro está fazendo uso desse determinado poder que, por sua vez, é um reflexo natural do corpo social tão cedo se encontre submetido à um exercício de poder. Portanto, tendo por objetivo refletir sobre os desdobramentos empíricos do infrapoder do corpo social brasileiro, sugere-se a construção de uma arqueologia dos saberes que, no que lhe concerne, possibilitará a ordenação dos discursos que se encontram presentes no sítio arqueológico “Brasil pandêmico” por intermédio de uma Análise do Discurso Foucaultiana e com isso, tornar-se-á possível desvelar como o infrapoder do brasileiro impactou no desdobramento da pandemia da COVID-19. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1133972 - SERGIO CARVALHO BENICIO DE MELLO
Interno - 2131071 - TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
Externo ao Programa - 1667829 - ANDRE LUIZ MARANHAO DE SOUZA LEAO
Notícia cadastrada em: 02/12/2021 17:49
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