Banca de DEFESA: WILSON DE BARROS FEITOSA JUNIOR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : WILSON DE BARROS FEITOSA JUNIOR
DATA : 30/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Programa de pos-graduação em Desenvolvimento Urbano
TÍTULO:

O JARDINEIRO COMO ARTÍFICE NA CONSERVAÇÃO DO JARDIM HISTÓRICO


PALAVRAS-CHAVES:

Jardineiro. Mestre Artífice. Jardim Histórico. Conservação


PÁGINAS: 140
RESUMO:

O jardineiro nasce com o jardim e vice-versa. Contudo, ao longo do tempo a relação entre sujeito e objeto começa a se desassociar. A trajetória do personagem jardineiro caminha desde sua associação com a natureza primária, em um estado de transição entre agricultor e jardineiro no qual aparece como figura corriqueira e cotidiana até sua apresentação em polos distintos. O primeiro, o jardineiro-criador, é dotado de certa erudição e prestígio, seja pelo conhecimento repassado oralmente ou mais tarde, já nas universidades, enquanto que o jardineiro-mantenedor ocupa o trabalho de caráter braçal, muitas vezes materializado na figura do escravizado ou ex-escravizado. Com o tempo o primeiro começa a perder sua vinculação com o título de jardineiro até se consolidar de fato como arquiteto paisagista; já o segundo, relegado como profissão inferior, justamente por ser mais das mãos que da mente, passa por um processo de marginalização. O jardim histórico, que possui condições estreitas de conservação, acaba sofrendo mais gravemente com sua ausência. O objetivo deste trabalho é discutir a relação entre o ofício do jardineiro e a condição de artífice para a conservação do jardim histórico de forma a explicitar sua relevância patrimonial. Para isso, a pesquisa se propõe a localizar o jardineiro na dimensão artística do jardim, enquadrando seu papel como artífice em contraposição ao paisagista que assume o lugar de artista e ganha reconhecimento isolado. A partir das categorias habilidade, comprometimento e juízo, abordadas por Richard Sennett, constrói-se o perfil do saber jardineiro, solidificando o arquétipo do jardineiro artífice a partir dos escritos de tratados e manuais de agricultura de jardinagem na Europa e Brasil. Trata-se de abordar a prática do jardineiro na história e no contexto patrimonial brasileiro e pontuada a falta de reconhecimento em comparação a outros artífices patrimoniais que passaram pelo processo de reconhecimento, o que difere de países como França, Itália e Japão. Por fim, partindo da análise de entrevistas com técnicos e jardineiros do Sítio Roberto Burle Marx, atesta-se a equivalência deste ao jardineiro artífice, apto para a conservação do jardim histórico, porém vivendo séria ameaça de continuidade desse saber-fazer. Defende-se aqui a possibilidade de reconhecimento de seu ofício e saber como patrimônio imaterial.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2203900 - ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
Interna - 2154962 - RENATA CAMPELLO CABRAL
Interno - 2131071 - TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
Externo ao Programa - 1061436 - JOELMIR MARQUES DA SILVA
Externa à Instituição - ALDA DE AZEVEDO FERREIRA - UFRJ
Externa à Instituição - ALINE DE FIGUEIROA SILVA - UFBA
Notícia cadastrada em: 03/08/2021 15:45
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa03.ufpe.br.sigaa03