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Banca de QUALIFICAÇÃO: THAYSE CAROLINA FERREIRA PARAISO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : THAYSE CAROLINA FERREIRA PARAISO
DATA : 30/06/2022
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

Uso e atitudes linguísticas sobre a concordância nominal de número na variedade guineense do português: repercussões do contato linguístico e implicações na identidade sociolinguística


PALAVRAS-CHAVES:

Concordância nominal de número. Atitudes linguísticas. Identidade Sociolinguística.


PÁGINAS: 120
RESUMO:

Sabemos que o português é a língua oficial de todos os países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e que, diferentemente do que acontece no Brasil e em Portugal, em que suas respectivas variedades são amplamente estudadas academicamente, em alguns países africanos ou no país asiático que pertence à referida comunidade, ainda há certa escassez nos estudos sobre essa língua. Considerando o caso específico da Guiné-Bissau, país sobre o qual dedicamos atenção em nossa pesquisa, identificamos o fenômeno da concordância nominal de número com um comportamento variável, conforme critério de regras linguísticas estabelecidos por Labov ([1972] 2008) e verificados por Paraiso (2019). Dessa forma, o objetivo deste estudo é investigar o uso e as atitudes linguísticas sobre a concordância nominal de número na variedade guineense do português, com foco nas repercussões do contato linguístico com outras línguas no país e as implicações desse cenário na identidade sociolinguística dos cidadãos guineenses falantes do Português da Guiné-Bissau (PGB). Para tanto, embasamos nossa investigação na teoria da Sociolinguística Variacionista (LABOV [1972] 2008) para analisarmos a ocorrência variável da concordância de número no sintagma nominal; na Psicologia Social de Lambert e Lambert ([1966] 1981), para interpretarmos as atitudes linguísticas dos informantes e compreendermos os processos de identificação com uma língua e, portanto, a formação de uma identidade sociolinguística; e, ainda, na reanálise da concordância nominal de número, de Scherre (1988), a fim de verificarmos os fatores que influenciam na variação do fenômeno em questão. Metodologicamente, realizamos entrevistas com informantes guineenses falantes do PGB com base em Pissurno (2017) a fim de obtermos dados de fala que representassem esse uso; bem como a aplicação de um questionário sociolinguístico (baseado em LAMBERT e LAMBERT [1966] 1981; e em CARDOSO; 2015) e de um teste de percepção linguística, ambos no mesmo formulário da plataforma do Google Forms. Nesse instrumento de coleta, inserimos, também, uma proposta de produção de texto, o que nos permitiu obter tanto dados de percepção como outro dado de produção (escrita). Resultados parciais indicam que, apesar do PGB ser avaliado positivamente na maioria das situações previstas no teste de percepção aplicado, a identificação com essa variedade do português se apresenta: 1) de forma instrumental (como forma de ascensão social); 2) com aquisição posterior aos cinco anos de idade e, somente, na escola; 3) ocupando o lugar de terceira língua (L3) da maioria dos informantes; e 4) somente quando seu uso é obrigatório, caso contrário, a língua da identidade sociolinguística é o crioulo ou uma língua étnica, considerando aspectos sociais analisados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 008.036.814-02 - CLAUDIA ROBERTA TAVARES SILVA - UFRPE
Externa à Instituição - SILVANA SILVA DE FARIAS ARAÚJO - UEFS
Externo à Instituição - ADEILSON PINHEIRO SEDRINS
Notícia cadastrada em: 07/06/2022 19:31
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