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Banca de DEFESA: YASMIN MARIA MACEDO TORRES GALINDO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : YASMIN MARIA MACEDO TORRES GALINDO
DATA : 23/02/2022
HORA: 16:00
LOCAL: Remoto (Plataforma Google Meet)
TÍTULO:

Literatura Clariceana, Tradução e Filosofia: o ser feminino, o corpo e a morte em “Água Viva” (1973)


PALAVRAS-CHAVES:

Clarice Lispector; Filosofia da Existência; Tradução; Poder; Sujeito Feminino; Morte


PÁGINAS: 114
RESUMO:

Esta pesquisa traz uma investigação acerca do ser para a morte feminino, na obra Água Viva (1973), de Clarice Lispector e as reverberações de suas traduções em língua inglesa, The Stream of Life (1989)e Água Viva (2012). Assim, investigaremos como os debates sobre o gênero feminino e sua ligação com a morte são construídos na referida obra, a fim de evocar uma discussão literário-filosófica da constituição do sujeito feminino na narrativa. E, ainda, como os agentes de tradução, que se preocuparam nos séculos XX e XXI com a popularização da obra de Clarice Lispector, manipulam seu texto a fim de evocar dele suas próprias vontades de verdade. De tal maneira, para compreender a constituição ontológica do ser e como a mulher merece maior atenção por estar à margem dos debates filosóficos ao longo dos séculos, trabalhamos com a filosofia existencialista de Martin Heidegger (2005 e 2018), a filosofia pós-estruturalista de Gilles Deleuze (2011) e Félix Guattari (1995) e Jacques Derrida (2006 e 2013), e o pensamento sobre as noções de “mal” do filósofo George Bataille (2016 e 2017). Os Estudos da Tradução e Recepção estão representados no aporte teórico deste trabalho por Hans Robert Jauss (1979), Maria Tymoczko (2000 e 2013) e Mona Baker (2018). Para tratar da escrita de Clarice Lispector, que compactua em sua própria tessitura com a formação do sujeito feminino para a morte, trazemos para o escopo teórico Maria Lúcia Homem (2011), Yudith Rosenbaum (2006) e Marília Librandi (2015). A Teoria Feminista está representada neste trabalho pela presença de Silvia Feredici (2017). As conclusões apontam que a escrita clariceana, no que tangem as problemáticas deste trabalho, demonstra dois movimentos importantes: quanto aos aspectos de tradução, conclui-se que o texto-fonte evoca a permanência de seus efeitos de recepção, mesmo crivado pelo poder dos agentes tradutórios; e, referente à discussão do ser da mulher, asseverou-se que este “não-lugar” é crivado pela simbologia da morte, catalisando para a presença feminina imanente transgressão, uma vez que a experiência de sua socialização é diferente da dos homens, já que experimentou simbólicas perseguições por sua diferença do conluio patriarcal. Assim, a morte e seus símbolos atuam na experiência interior feminina como pressuposto também de quebra e de liberdade.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - LUCIANA ELEONORA DE FREITAS CALADO DEPLAGNE - UFPB
Interno - 1971764 - OUSSAMA NAOUAR
Presidente - 2247579 - YURI JIVAGO AMORIM CARIBE
Notícia cadastrada em: 01/02/2022 10:55
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