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Banca de DEFESA: WILCK CAMILO FERREIRA DE SANTANA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : WILCK CAMILO FERREIRA DE SANTANA
DATA : 23/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Remotamente, via google meet
TÍTULO:

Eu sou o que vejo: o caminhar como expressão estética da paisagem na poética de Joaquim Cardozo


PALAVRAS-CHAVES:

Modernismo brasileiro. Recife. Joaquim Cardozo. Expressão poética do caminhar. Paisagem. Movimento Regionalista de 1926.


PÁGINAS: 154
RESUMO:

Esta dissertação tem como tema o caminhar na construção poética da paisagem no livro Poemas [1947], de Joaquim Cardozo, poeta recifense. Considerando que caminhar é uma maneira de revisitar e (re)construir espaços, temporalidades e experiências, o objetivo geral do trabalho é estabelecer, por meio da figura do poeta como caminhante, relações entre o literário, o social e o simbólico, relacionando poesia e paisagem na representação da cidade do Recife. No esforço de estabelecer relações entre a memória, o texto poético e o urbano, cumpre-se a função de escrever e interpretar a paisagem que emerge do literário, de modo que a poética cardoziana é tomada para pensar nuances da poesia moderna brasileira. A pesquisa está norteada em torno da ideia de paisagem, e de sua representação, definida pelo historiador e teórico Michel Collot (2013). Na sua perspectiva, a transformação da representação do espaço, perpetrada por Baudelaire e o simbolismo francês, renovou as formas de captar as paisagens que marcam a poética vanguardista. Poemas, produzido entre as décadas de 1920 e 1940, logra captar traços desta poética moderna, como a transfiguração da paisagem citadina. Esta leitura, então, defende que o modernismo cardoziano articula elementos do Regionalismo, que particulariza a paisagem recifense enquanto faceta de um país – para além do seu eixo sulista –, mas longe de representar um rechaço aos movimentos cosmopolitas de sua época; com elementos da poética expressionista, criando um Recife que se afirmava particular e fantasmagórico, resvalado por um jogo de luz e sombra. Neste sentido, foi de suma importância o diálogo com autores que tangenciam as questões relativas à lírica moderna, como é o caso de Friedrich (1978) e Benjamin (1994); assim como daqueles que trazem à baila pontos concernentes ao Regionalismo, como Freyre (1996); e o contexto da cidade do Recife da época, com apoio nas ideias de Barros (2015) e Sette (2018). Para uma leitura dos traços expressionistas na construção paisagística, buscou-se apresentar elementos desta estética por meio do pensamento de estudiosos como Guinsburg (2002) e Cardinal (1984). Em suma, caminhar é uma forma de ler, e a paisagem da memória e da imaginação torna-se um texto. É, pois, da experiência da cidade que é feito o livro que marca a estreia de Joaquim Cardozo na poesia brasileira, representando uma expressão da experiência no mundo, com a tradição regional e com formas impressas no método de observar.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2085831 - ANCO MARCIO TENORIO VIEIRA
Presidente - 1526389 - BRENDA CARLOS DE ANDRADE
Externa à Instituição - SHERRY MORGANA JUSTINO DE ALMEIDA - UFRPE
Notícia cadastrada em: 02/08/2021 11:43
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