INTEGRIDADE E FUNCIONALIDADE DE MÁSCARAS PFF2 APÓS REUTILIZAÇÃO EM AMBIENTE HOSPITALAR GERADOR DE AEROSSÓIS
Pandemia; CCOVID-19; Biossegurança; Protetor respiratório
De acordo com a recomendação internacional, a filtração mínima do EPI para ambientes hospitalares geradores de aerossóis deve contemplar 95% para partículas sólidas e à base de água. Porém, com a pandemia, a escassez desses dispositivos levou à liberação da reutilização, desde que se mantivesse a capacidade de filtração dos protetores respiratórios. Neste trabalho, avaliou-se a integridade e funcionalidade das máscaras PFF2 após reutilização em ambiente hospitalar por meio de avaliação microscópica e ensaio não destrutivo por Espectrometria Gama de Alta Resolução. Foram distribuídas 108 máscaras PFF2, reutilizadas por 12, 24 e 36 horas. Para a análise de integridade, as camadas internas e externas e filtros foram analisadas separadamente. Os dados sociodemográficos e epidemiológicos foram registrados em questionário semiestruturado. Após a coleta das máscaras PPF2 utilizadas, as amostras foram submetidas aos métodos propostos. Como resultado da Microscopia Ótica, não houve diferença significativa (α = 0,05) entre a reutilização e máscaras PFF2 não utilizadas (brancos) com relação ao aumento do espaçamento das tramas das camadas internas e externas. No entanto, o ensaio não destrutivo demonstrou alteração na interação da radiação gama com as camadas internas e externas e os filtros, discriminando as máscaras reutilizadas dos brancos. Embora os dados de literatura não detectem alteração na capacidade de filtração das máscaras PFF2 sob reutilização, os métodos utilizados nessa pesquisa indicaram que é necessário maiores cuidados e inspeção desse EPI no ambiente hospitalar.