Os coletivos do Recife e a busca de um ativismo transformador
REcife; Movimentos Sociais; Coletivos
Os Coletivos têm sido apresentados na literatura como uma “nova” forma de mobilização de pessoas que atuam na sociedade brasileira e são formados pela agregação de múltiplas pautas. Alguns estudos os apontam como grupos fluidos, fragmentados, sem liderança, diferenciados, autônomos e influenciados, em parte, por ideias anarquistas e libertárias, que se afastam do Estado, de partidos políticos e de formas tradicionais de ações coletivas. Antes o exposto, questiona-se: o que são os coletivos de pessoas que se organizam em Recife, eles se afastam de uma relação com o Estado e com as organizações tradicionais? O objetivo desta pesquisa é estudar o fenômeno social “Coletivo” que atuam na cidade do Recife, examinando a organização, os sujeitos, a composição e a relação social com a sociedade, com o Estado e demais formas tradicionais de organização. Buscar-se-á compreender as percepções como coletividade, as clivagens sociais que os formam, suas demandas, a construção identitária dos mesmos, atuação e analisar-se-á o grau de autonomia e o potencial de mudança social desses sujeitos. Parte-se do pressuposto de que os coletivos se apresentarem na literatura como organizações “novas”, mas, empiricamente, observando suas pautas e demandas, parece que almejam os mesmos objetivos já reclamados historicamente por formas tradicionais de ações coletivas, como movimentos sociais, partidos políticos e sindicatos. Eles, aparentemente, adotam um perfil autonomista e até mesmo anarquista, onde buscam (ou não) o Estado para concretizar suas demandas, e esse nível de relação pode depender das clivagens sociais que enfrentam enquanto sujeitos. A pesquisa utilizará metodologia quanti-quali com as técnicas de formulário semi-estruturado e entrevista semi-estruturada para coleta dos dados empíricos.