Banca de DEFESA: CINTHYA ARRUDA DE LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CINTHYA ARRUDA DE LIMA
DATA : 30/08/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Remoto (online)
TÍTULO:

IMPACTOS ANTROPOGÊNICOS E POLÍTICAS PÚBLICAS: ESTUDO DE CASO EM DOIS ESTUÁRIOS DO NORDESTE BRASILEIRO (RIO TIMBÓ E RIO FORMOSO - PE)


PALAVRAS-CHAVES:

Áreas Protegidas, DPSIR, TRIX, Sensoriamento Remoto, Resíduos sólidos, Qualidade ambiental


PÁGINAS: 72
RESUMO:

 

 

Os estuários tropicais são áreas de transição entre os ambientes terrestres e marinhos, que abrigam ecossistemas de manguezais, vulneráveis às interferências humanas. O objetivo central deste trabalho foi avaliar as pressões antrópicas e as principais respostas públicas que se relacionam com os impactos antropogênicos em dois estuários: o estuário do Rio Formoso (localizado na APA de Guadalupe) e o estuário do Rio Timbó (localizado na Região Metropolitana do Recife, Pernambuco, Brasil), através da estrutura DPSIR (“Driving Forces, Pressures, States, Impacts, Responses”). Foram levantados os principais dados socioeconômicos, bem como um mapeamento para identificação dos usos e ocupação do solo. Foram analisados os nutrientes inorgânicos (nitrato, nitrito, amônio, fosfato, silicato), oxigênio dissolvido, clorofila-a e o índice TRIX (“Trophic Index”) para caracterizar o nível trófico e a qualidade ambiental dos estuários. Para identificar a quantidade de lixo preso às raízes do mangue, foram realizadas campanhas de imageamento, analisadas visualmente e posteriormente classificadas. Também foi realizado um levantamento das principais políticas públicas ambientais a nível nacional e estadual, voltadas à mitigação dos impactos nos ecossistemas costeiros. Foram identificadas 14 categorias de uso e ocupação do solo. As maiores concentrações de formação florestal, manguezais e apicum estavam nos territórios das Unidades de Conservação. O Rio Timbó apresentou maior estimativa populacional, expansão urbana, destino do lixo e esgoto comparado aos municípios que integram o Rio Formoso. Provavelmente esse cenário está relacionado com a localização do Rio Timbó na Região Metropolitana do Recife. Foi constatado que todos os nutrientes (exceto silicato), OD, salinidade, Chl-a e TRIX apresentaram maiores valores para o Rio Timbó comparado ao Rio Formoso. No estuário do Rio Timbó, as concentrações de fosfato estiveram sempre altas, com medianas sazonais acima do limite especificado pelo CONAMA. As concentrações de nitrogênio inorgânico aumentaram significativamente durante a estação chuvosa, fenômeno possivelmente relacionado ao maior aporte de esgotos de origem urbana nessa época do ano. No entanto, as concentrações de fosfato no estuário do Rio Formoso (sempre menores do que no Rio Timbó e com medianas sazonais bem abaixo do limite especificado pelo CONAMA) regrediram significativamente durante a estação chuvosa, possivelmente devido à maior diluição e turnover com o maior aporte de águas pluviais, pobres em nutrientes, nessa época do ano. A quantidade total de lixo detectado foi de 78 itens durante as duas campanhas para os dois estuários. A maior quantidade de itens estava no Rio Timbó e a maior representatividade foi de itens da construção civil. Lixo plástico esteve presente com pelo menos uma unidade em todos os pontos de presença de lixo no Rio Formoso. Comparando o estado de cada estuário, o Rio Formoso apresenta melhores condições de qualidade da água e menor quantidade de resíduos sólidos, porém, devido à grande quantidade de área ocupada pela agricultura e devido ao turismo intensivo, existe um risco de agravamento da qualidade ambiental. Ferramentas como o DPSIR, o Índice TRIX, sensoriamento remoto, acompanhado dos dados de censos demográficos são importantes para o monitoramento dos ambientes costeiros e futuras medidas de mitigação e propostas de políticas públicas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2309616 - RALF SCHWAMBORN
Interna - 2130453 - SIGRID NEUMANN LEITAO
Externa à Instituição - ANDRÉA KARLA PEREIRA DA SILVA
Notícia cadastrada em: 19/08/2022 09:51
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