ASSOCIAÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA COM O ESTRESSE OCUPACIONAL E A
SÍNDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DA SEGURANÇA PÚBLICA: uma revisão sistemática
Atividade motora. Saúde ocupacional. Policiais.
Os policiais são profissionais que lidam com a segurança de outras pessoas, e pelo fato
de ser uma profissão que apresenta um risco de vida muito alto, eles são mais propensos ao
comprometimento físico e mental, devido a essas condições e o ambiente de trabalho, uma
forma de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas é por meio de intervenções que previnam
e que possibilite uma redução no quadro de estresse físico e mental. Estudos relatam que a
atividade física tem sido apontada como um recurso eficaz para a prevenção ou diminuição de
fatores que possam levar o indivíduo a ter estresse ocupacional e a síndrome de burnout. Diante
disso, o objetivo desta revisão sistemática (RS) foi sintetizar os achados acerca da associação
e/ou efeito da atividade física, no estresse ocupacional e síndrome de burnout de policiais. Os
estudos observacionais e experimentais que identificaram a associação e/ou da atividade física
com o estresse ocupacional e a síndrome de burnout foram incluídos na revisão sistemática.
Seis bases de dados eletrônicas foram pesquisadas (Scopus, Web of Science, PubMed, SciELO,
PsycINFO e LILACS) até junho de 2022. Os critérios de elegibilidade seguiram a estratégia
PICOS. Para avaliação da qualidade dos estudos foi utilizado o The Grading of
Recommendations Assessment, Development, and Evaluation (GRADE). As divergências
durante a avaliação foram resolvidas consensualmente por um terceiro revisor. Somente três
estudos transversais preencheram os critérios de elegibilidade. Sobre a população, o número
de participantes variou entre 184 e 254 policiais. Foi possível observar que policiais com baixo
nível de atividade física têm maior probabilidade de desenvolver a síndrome de burnout (OR =
2,49; IC95% 1,42-4,43), aumento de escores da dimensão eficiência profissional (Exp(β) 0,92;
0,70-1,03; p=0,036) Por outro lado, o nível de atividade física não foi estatisticamente
relacionado ao estresse ocupacional (p=0,73). Os resultados desta revisão sugerem que a atividade física tem associação com a síndrome de burnout em policiais, entretanto necessita-
se cautela para interpretação das informações.