DIAGNÓSTICO RÁPIDO DA COVID-19 BASEADO NO USO DE FIBRAS ELETROFIADAS E NANOESTRUTURAS
COVID-19, diagnóstico, nanotecnologia, nanofibras, biossensores
Em 2020 tivemos início a pandemia da COVID-19, sendo esta consequência da Síndrome Respiratória Aguda Grave do Coronavírus 2, o SARS-CoV-2. Sendo uma doença bastante transmissível e com poucas opções de tratamento. A prevenção e o controle do surto são essenciais no combate a transmissão do vírus, identificando o infectado e isolando-o, evitando a propagação do vírus. O padrão-ouro no diagnóstico da COVID-19 é a técnica de RT-PCR, mas ela apresenta algumas desvantagens como insumos limitados, falso-positivos e a necessidade de recursos humanos qualificados, o que dificulta sua aplicação em escala global, gerando uma demanda por novos métodos. A nanotecnologia é uma ferramenta eficaz e inovadora para fornecer soluções para essa problemática através do uso de nanomateriais, como nanofibras e nanopartículas, que apresentam uma boa relação área/volume. Aprimoramos a detecção desses materiais para a produção de biossensores. Os biossensores terão alta sensibilidade, capacidade de miniaturização, possibilitando a criação de biossensores de baixo custo e de alta resposta. Dessa forma, o presente projeto visou a produção de uma plataforma biossensora baseada em nanofibras eletrofiadas de PVA funcionalizadas com AuNPs para o diagnóstico do cDNA do SARS-CoV-2. Para isso, produzimos nanofibras eletrofiadas de álcool polivinico e álcool polivínico com AuNPs através do método de eletrofiação, devido a sua baixa estabilidade em água, as nanofibras foram submetidas a um processo de reticulação química através de uma solução de acetona, onde as nanofibras adquiriram estabilidade em água ou em compostos com água, sendo o primeiro passo para a construção da plataforma biossensora. A construção dessa plataforma acontece através de uma ancoragem de diferentes compostos químicos como o Ácido 11-Mercaptoundecanoico, N-hidroxisuccinimida, N-(3-dimetilaminopropil)-N'-etilcarbodiimida e SONDACOVID-19, sendo a plataforma submetida a avaliação eletroquímica foi realizada através da microscopia de força atômica (AFM), espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIS), onde na EIS a cada composto inserido, onde pudemos comprovar a incorporação dos compostos, após isso, submetemos a plataforma a detecção de diferentes diluições de cDNACOVID-19, indo de 101 a 105. A análise das diluições foi feita em triplicata para garantir a reprodutibilidade do experimento, onde conseguimos observar um aumento na resposta da impedância faradaíca e nos valores da resistência a transferência de elétrons a medida em que as concentrações de cDNA presentes nas diluições eram aumentadas. Demonstrando a eficácia da plataforma na detecção de diferentes diluições do cDNACOVID-19.