Banca de DEFESA: BEATRIZ SANTIAGO GUERRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BEATRIZ SANTIAGO GUERRA
DATA : 30/07/2021
HORA: 08:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

Desenvolvimento de um imunossensor eletroquímico para a identificação de alfatoxina B1 a partir do uso de nanopartículas de óxido de zinco


PALAVRAS-CHAVES:

Imunossensor; NPsZnO, eletroquímica e aflatoxina B1.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

Aflatoxina B1 (AFB1), é uma micotoxina proveniente de metabolismo fúngico, sendo considerada potente agente carcinogênico, teratogênico, mutagênico e imunossupressor, que contamina principalmente o milho, amendoim, cereais antes ou após a colheita, e apresenta maior toxicidade quando comparada a outras micotoxinas. Os imunossensores eletroquímicos são biossensores que utilizam o sinal da biointeração entre antígeno e anticorpo. A construção de imunossensores é baseada em modificações químicas no eletrodo, através da formação de monocamadas automontadas (SAM), que tem por finalidade o favorecimento da transferência de elétrons, biocompatibilidade, sensibilidade e reprodutibilidade. O objetivo deste estudo foi o desenvolvimento de um imunossensor para detecção de AFB1 em alimentos, processo este caraterizado por meio da técnica eletroquímica de voltametria cíclica (VC) e espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE). Para o desenvolvimento deste sensor foi utilizado o aminoácido cisteína (Cys), 1-[3-(dimetilamino) propil]-3-etilcarbodiimida (EDC), N-hidroxissuccinimida (NHS), anticorpo anti-AFB1 e o soro de albumina bovina (BSA). Cada etapa de desenvolvimento do imunossensor foi caracterizada utilizando-se uma varredura de potencial de -0,2 a 0,7 V e velocidade de varredura de 50 mV.s-1 em solução de ferro-ferricianeto de potássio a 10mM (1:1). A plataforma imunossensora foi construída sobre a superfície de um eletrodo de ouro. Nas primeiras etapas da montagem, foram realizadas a adsorção do aminoácido cisteína e imobilização das nanopartículas de óxido de zinco (NPsZnO). Posteriormente, o anticorpo monoclonal anti-aflatoxina B1 foi imobilizado quimicamente sobre o eletrodo por meio de acoplamento químico via EDC:NHS. A seguir, foram realizados ensaios de seletividade e sensibilidade com amostras de AFB1 (0,01 ng.mL-1 a 1mg/mL-1). Por meio das alterações no perfil voltamétrico e impedimétrico, foi possível caracterizar o comportamento eletroquímico do imunossensor. Durante os ensaios de bioatividade com amostras de AFB1, foram verificados um aumento da resposta impedimétrica e uma redução da resposta amperométrica do sistema, evidenciando o processo de formação do complexo anticorpo-antígeno. Inicialmente o eletrodo de ouro limpo demonstrou um comportamento eletroquímico limitado por difusão apresentando picos anódicos (ipa) e catódicos (ipc) bem definidos. Após a modificação do eletrodo com cisteína houve uma discreta diminuição das ipa e ipc. No entanto, a imobilização das NPsZnO, demonstraram um aumento na condutividade do eletrodo, característica essencial para visualização dos processos eletroquímicos de bioreconhecimento do biossensor. Foi comprovado o bioreconhecimento do biossensor ao seu analito através da modificação do Rct (Resistência a Transferência de Carga), refletido no aumento do diâmetro do semicírculo no EIE e queda da resposta amperométrica total do sistema. Entretanto, a resposta eletroquímica do biossensor não foi alterada após avaliação com a micotoxina ocratoxina A, indicando a seletividade do sistema. Portanto, o biodispositivo demonstra ser uma ferramenta sensível e seletiva que pode favorecer a detecção de aflatoxina B1 em alimentos contaminados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2540603 - CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
Externo ao Programa - 1810494 - KLEBER GONCALVES BEZERRA ALVES
Interna - 1796964 - MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
Notícia cadastrada em: 23/07/2021 09:15
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