Banca de DEFESA: MICHEL GOMES DE MELO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MICHEL GOMES DE MELO
DATA : 24/03/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Anfiteatro do PPGCB
TÍTULO:

AÇÃO DA METFORMINA E DE SUA ASSOCIAÇÃO COM O ESCITALOPRAM SOBRE A NEUROPLASTICIDADE E A SINALIZAÇÃO DA INSULINA NA DEPRESSÃO COMÓRBIDA AO DIABETES INDUZIDO POR ESTREPTOZOTOCINA


PALAVRAS-CHAVES:

Diabetes. Depressão. Inflamação. Metformina.


PÁGINAS: 91
RESUMO:

O Diabetes Mellitus (DM) é um dos principais problemas de saúde em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Devido ao processo inflamatório crônico subagudo, o DM está associado com diversas comorbidades, dentre elas o Transtorno Depressivo Maior (TDM). Estudos clínicos indicam uma ligação bidirecional entre DM e TDM, sendo a resistência à insulina cerebral o principal elo para a estimulação de processos inflamatórios e, consequentemente, de sintomas depressivos. O tratamento medicamentoso do TDM, atualmente, se dá através do uso de medicamentos que agem modulando neurotransmissores, chamados antidepressivos. No entanto, aproximadamente um terço dos indivíduos que fazem uso dessa classe de medicamentos não apresentam remissão dos sintomas. Atualmente, não existem drogas seguras e eficazes que atuem no tratamento dessa comorbidade, de forma que sejam capazes de melhorar o quadro clínico dos pacientes refratários. Neste estudo, avaliamos os efeitos da metformina, do escitaloram e da associação dessas drogas no comportamento depressivo. O DM foi induzido em camundongos C57BL/6 com estreptozotocina (STZ) (150 mg/kg) em dose única e os animais foram tratados com metformina (200 mg/kg/dia), escitalopram (4 mg/kg/dia) e metformina associada com escitalopram, na mesma dosagem, por 21 dias, a partir do quarto dia de indução do modelo. Os animais passaram por teste de suspensão da cauda (TST) e pelo teste de labirinto em cruz elevado (EPM, do inglês elevated plus maze). Após a eutanásia, o giro dentiado (GD) do hipocampo e o córtex pré- frontal (CPF) foram dissecados para análise da expressão de proteínas de vias de inflamatórias e de neuroplasticidade, utilizando as técnicas de Imuno-histoquímica, Imunofluorescência e Western blot. A análise estatística foi realizada por meio do programa Graphpad Prism na versão 9. O STZ foi capaz de induzir o modelo DM, mantendo glicemia ≤ 250mg/dL e baixo peso durante as três semanas de tratamento. A metformina isolada e associada ao escitalopram mostrou capacidade de reverter sintomas depressivos, com a redução no tempo de imobilidade dos animais tratados no TST e maior número de entradas nos braços abertos do EPM. A melhora pode ser explicada pela redução significativa na expressão de marcadores inflamatórios na DG e PFC, como Interleucina (IL) 1β, fator de necrose tumoral (TNF-α), receptor de glicocorticóide (GR) fosforilado, proteína glial  fibrilar ácida (GFAP), molécula 1 adaptadora de ligação ao cálcio ionizado (Iba-1) associada ao aumento da expressão de fatores neurotróficos, como proteína de ligação do elemento de resposta cAMP (CREB), fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e proteínas associadas à sinapse 102 (SAP 102). A metformina também foi capaz de modular a via de sinalização da insulina na GD e CPF, para reduzir a inflamação, através da redução da fosfoinositídeo 3-quinase (PI3K) e c-Jun N- terminal quinase fosforilada 1 (JKN-p) e aumento de PI3K-p, fósforo SerinaTreonina Quinase (AKT-p) e JNK, em GD e CPF. Assim, concluímos que a  metformina possui ação neuroprotetora e antidepressiva, devido ao seu efeito anti-inflamatório, neuroprotetor e  neuroplástico.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1960817 - THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
Interna - 1262835 - CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
Interna - 1526147 - MARCIA VANUSA DA SILVA
Externa ao Programa - 1132498 - BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA - UFPEExterna ao Programa - 1855548 - PAULA REJANE BESERRA DINIZ - UFPE
Notícia cadastrada em: 16/03/2023 07:39
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