Banca de DEFESA: PEDRO PAULO MARCELINO NETO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PEDRO PAULO MARCELINO NETO
DATA : 03/03/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES FARMACOLÓGICAS DOS EXTRATOS DE Laguncularia racemosa (L.) C. F. Gaertn SOBRE A SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE INDUZIDA POR LIPOLISSACARÍDEO EM CAMUNDONGOS


PALAVRAS-CHAVES:

Combretaceae. Antioxidante. Anti-inflamatório. Lesão pulmonar aguda. Covid-19.


PÁGINAS: 106
RESUMO:

A pandemia de Covid-19 intensificou as buscas por novos agentes terapêuticos para doenças respiratórias visto o aumento da lesão pulmonar aguda (LPA) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Laguncularia racemosa (L.) C. F. Gaertn é uma planta da família Combretaceae, conhecida popularmente como “mangue branco”, amplamente distribuída no ecossistema manguezal e usada na medicina popular para o tratamento de diarréia, feridas bucais e febre. Neste contexo, o objetivo desse trabalho foi avaliar a segurança de uso e as atividades antioxidante e anti-inflamatória dos extratos hexânico (EHLr), acetato de etila (EALr) e etanólico (EELr) das folhas de L. racemosa relacionadas a síndrome respiratória aguda grave induzida por lipopolissacarídeo (LPS) em camundongos. Os extratos foram preparados pelo método de maceração e o seu perfil fitoquímico analisado por cromatografia em camada delgada (CCD), cromatogragia gasosa acoplada à espectrofotômetro de massas (GC-MS) e cromatografia líquida de alta eficiêcia acoplada à detector de arranjo fotodiodo (CLAE-DAD). A atividade antioxidante in vitro foi avaliada pelos métodos de DPPH, ABTS e fosfomolibdênio, e foi determinado o teor de fenóis totais, flavonóis e protoantocianidinas. A toxicidade in vitro dos extratos foi avaliada frente a células mononucleares de sangue periférico (PBMC) e pela atividade hemolítica. A atividade anti-inflamatória in vitro dos extratos foi avaliada pela quantificação de óxido nítrico (NO) produzido por macrófagos intraperitoneais. Os testes in vivo foram realizados com o extrato mais ativo de acordo com o perfil fitoquímico e os testes antioxidantes. Foi realizado o ensaio toxicológico agudo em camundongos com o EELr na dose de 2.000 mg/kg. O ensaio de LPA induzida por LPS foi realizado com o EELr nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg e foram analisados a quantidade de leucóticos totais e diferenciada, além da atividade da enzima mieloperoxidase (MPO), níveis de óxido nítrico e citocinas, e análise histopatológica e histoquímica do colágeno nos pulmões. Foi identificado um maior teor de fenóis totais no EELr (241,77 ± 3,6 mg EAG/g) quando comparado aos demais extratos, enquanto que as proantocianidinas foram indicadas em maior quantidade no EHLr (39,88 ± 12,57 mg EC/g). Na atividade antioxidante, do EELr apresentou uma concentração necessária para inibir 50% do radical DPPH (CE50) de 178,8 ± 0,8 µg/mL e 275,5 ± 0,9 µg/mL para ABTS em relação ao padrão trolox (56,56 ± 0,5 µg/mL e 36,7 ± 0,6 µg/mL, respectivamente), enquanto que os demais extratos nesses métodos e do fosfomolibdênio não apresentaram atividade. Na avaliação da viabilidade em PBMC os extratos apresenteraram CI50 superior a 100 µg/mL e na atividade hemolítica os não foram capazes de induzir hemólise. O EELr não causou alterações comportamentais, nas massas corporais, no consumo de água e ração nos camundongos, e sua DL50 foi superior a 2.000 mg/kg de massa corporal. No ensaio de LPA, o EELr reduziu significativamente o número de leucócitos totais, neutrófilos, eosinófilos, macrófagos e células mononucleares sanguíneas presentes no lavado broncoalveolar dos camundongos inflamados. Reduziu, ainda, a atividade da MPO, os níveis de NO, IL-6, TNF-α e INF-γ, além das análises histológicas revelarem a manutenção da integridade pulmonar e a diminuição da fibrose. A partir dos resultados obtidos nesse trabalho, pode-se concluir que os extratos de L. racemosa apresentaram baixa toxicidade, in vitro e in vivo, além de atividade antioxidante e anti-inflamatória relevante do EELr, provavelmente associadas ao teor de compostos fenólicos em sua composição.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CRISTIANE MARIA VARELA DE ARAUJO DE CASTRO - UFRPE
Externa à Instituição - CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA - UNIVASF
Presidente - ***.833.854-** - EMMANUEL VIANA PONTUAL - UFPE
Externa à Instituição - NATALIE EMANUELLE RIBEIRO E SILVA - UPE
Interno - 1960817 - THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
Notícia cadastrada em: 09/02/2023 08:14
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