Banca de DEFESA: BÁRBARA RAÍSSA FERREIRA DE LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BÁRBARA RAÍSSA FERREIRA DE LIMA
DATA : 27/02/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Anfiteatro do PPGCB
TÍTULO:

Avaliação dos efeitos da lectina de folhas de Schinus terebinthifolia sobre o transtorno depressivo e de ansiedade em camundongos


PALAVRAS-CHAVES:

Lectina; Depressão; Ansiedade; Campo Aberto; Labirinto em Cruz Elevada; Suspensão pela Cauda.


PÁGINAS: 74
RESUMO:

Os transtornos de ansiedade e depressão afetam cada vez mais uma parcela considerável da população e os índices de sucesso no tratamento são bem inferiores ao desejado. As farmacoterapias atuais incluem agonistas dos receptores benzodiazepínicos e inibidores da recaptação de monoaminas. Contudo, seu uso costuma provocar efeitos colaterais significativos, além de resistência com o uso prolongado. A lectina (proteína ligadora de carboidratos) da folha de Schinus terebinthifolia (SteLL) já demonstrou atividades biológicas como efeitos antimicrobianos e imunomoduladores in vitro e atividades antitumoral, antiangiogênica e antinociceptiva in vivo. No entanto, efeitos de SteLL na modulação do sistema nervoso central (SNC), especialmente quando relacionado a distúrbios neuropsicológicos, ainda não tinham sido estudados. Inicialmente, investigamos os efeitos ansiolítico e antidepressivo agudos de SteLL (1, 2 e 4 mg/kg, i.p.) em camundongos Swiss. Trinta minutos após a administração, a ação ansiolítica foi avaliada usando os testes de campo aberto (TCA) e labirinto em cruz elevado (TLCE). Para avaliar sintomas de depressão, foi utilizado o teste de suspensão da cauda (TSC). As combinações SteLL + diazepam (1 mg/kg + 0,5 mg/kg) e SteLL + fluoxetina (1 mg/kg + 5 mg/kg) também foram avaliadas quanto aos efeitos ansiolítico e antidepressivo, respectivamente. A fim de investigar o envolvimento do domínio de reconhecimento de carboidratos (DRC) nos efeitos de SteLL, um grupo de animais recebeu solução da lectina previamente incubada com caseína (inibidor da propriedade ligadora de carboidratos de SteLL). Possível modulação da sinalização monoaminérgica foi avaliada através do pré-tratamento dos animais com antagonistas do adrenoceptor α2 (ioimbina), do receptor de serotonina 5-HT2A/2C (quetanserina) e do receptor de dopamina D1 (SCH 23390). No caso do efeito antidepressivo, também foi avaliada a interferência na sinalização do óxido nítrico (NO) por meio do pré-tratamento com aminoguanidina, inibidor da via de óxido nítrico sintase induzível (iNOS), e com L-arginina (precursor do NO). Ação antidepressiva subaguda também foi avaliada por meio do tratamento com SteLL durante 7 dias. No TCA, SteLL (todas as doses) reduziu significativamente o número de rearings. No TLCE, SteLL a 4 mg/kg e a combinação SteLL + diazepam aumentaram o tempo que os animais passaram nos braços abertos e reduziram o tempo nos braços fechados. Não houve alteração dessas respostas quando a solução de lectina e caseína foi administrada. Ação antidepressiva de SteLL, em todas as doses, e da combinação SteLL + fluoxetina foi indicada pela redução no tempo de imobilidade no TSC. Nesse caso, a ação parece ser dependente do DRC, já que a incubação prévia de SteLL com caseína bloqueou o efeito. Os efeitos de SteLL no TLCE e no TSC foram inibidos pelo pré-tratamento com ioimbina, quetanserina e SCH 23390. Aminoguadinina inibiu os efeitos de SteLL no TSC, enquanto L-arginina os potencializou. Na avaliação subaguda, o efeito anti-imobilidade do SteLL persistiu após sete dias de tratamento. Em conclusão, SteLL apresentou efeito ansiolítico por atuar sobre a sinalização monoaminérgica, enquanto o efeito antidepressivo, além de envolver a modulação dessa via, também envolve o DRC da lectina e alterações na sinalização do óxido nítrico.



MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 3330000 - ANGELA AMANCIO DOS SANTOS - nullInterno - ***.833.854-** - EMMANUEL VIANA PONTUAL - UFPE
Presidente - 1133984 - PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
Notícia cadastrada em: 05/02/2023 21:35
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