AVALIAÇÃO NEUROFARMACOLÓGICA DO EXTRATO SALINO E FRAÇÃO PROTEICA DO RIZOMA DE Microgramma vacciniifolia EM CAMUNDONGOS
lectina; ansiedade; depressão.
A depressão e a ansiedade são doenças que influenciam a qualidade de vida dos pacientes e cuja etiologia envolve interações complexas de fatores ambientais, genéticos, imunológicos e ação de neuromoduladores. Constituem uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo e, no caso da depressão, muitas vezes pode ser fatal. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 3,8% da população mundial são afetadas pela depressão e 3,6% sofrem de ansiedade. Os fármacos atualmente utlizados apresentam efeitos colaterais, tais como insônia crônica, cefaleia, tontura, fadiga, sonolência, náusea, disfunção sexual, amnésia e palpitações. Além disso, estudos têm mostrado que o uso prolongado pode causar dependência e abstinência. Com isso, a busca por novos compostos que possam atuar nessas doenças causando menos efeitos colaterais torna-se necessária. Dentre os compostos encontrados nos vegetais, destacam-se as lectinas, proteínas que contêm um ou mais domínios de reconhecimento de carboidratos. Microgramma vaccinifolia é uma planta pteridófita conhecida popularmente como erva silvina ou cipó-peludo. Na medicina popular, tem sido relatado que o rizoma desta espécie é utilizado para o tratamento de doenças como diarreia e infecções do trato respiratório. A partir do rizoma é possível isolar uma lectina denominada MvRL, que possui ações inseticida, citotóxica contra células tumorais e antifúngica. Fração proteica rica em MvRL apresentou atividades antinociceptiva, anti-inflamatória e antitumoral. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a ação neurofarmacológica de preparações lectínicas (extrato salino e fração proteica) do rizoma de Microgramma vacciniifolia em camundongos Swiss (Mus musculus) frente a sintomas de ansiedade e depressão.