Banca de QUALIFICAÇÃO: KAROLINE MIRELLA SOARES DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KAROLINE MIRELLA SOARES DE SOUZA
DATA : 31/08/2022
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

PEPTÍDEOS INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (ECA) OBTIDOS DE MICRORGANISMOS FOTOSSINTETIZANTES


PALAVRAS-CHAVES:

Bioatividade. Hipertensão. Microalga. Peptídeo.


PÁGINAS: 70
RESUMO:

A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica caracterizada por níveis elevados da pressão arterial sanguínea com valores iguais ou que ultrapassam 140/90 mmHg. Embora existam fármacos sintéticos que auxiliam na regulação da HA, estes apresentam efeitos colaterais havendo a necessidade em se obter novos agentes terapêuticos. As microalgas são microrganismos fotoautotróficos, e destacam-se devido a biomassa rica em bioativos. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar peptídeos obtidos de microalgas durante a simulação da digestão gastrointestinal in vitro e avaliar seu potencial anti-hipertensivo, antioxidante e antimicrobiano. Foi realizado o cultivo autotrófico das microalgas Chlorella vulgaris, Tetradesmus obliquus e Dunaliella tertiolecta que ao atingir a fase estacionária de crescimento, tiveram as biomassas liofilizadas e submetidas à digestão in vitro (fase gástrica e fase gastrointestinal). O produto da digestão foi ultrafiltrado em membranas de 3 kDa e os peptídeos permeados foram analisados por LC-MS/MS. A atividade anti-hipertensiva foi mensurada através da inibição da enzima conversora de angiotensina (iECA). A estimativa dos parâmetros cinéticos Km e Vmax foi determinada pela equação de Michaelis-Menten, representado pelo gráfico de Lineweaver Burk. Além da atividade antioxidante determinada pelos métodos ABTS e DPPH. Além disso, a atividade antimicrobiana foi realizada pelo método CIM (concentração inibitória mínima) frente às bactérias patogênicas Gram positivas e negativas. Na atividade anti-hipertensiva as microalgas apresentaram inibição em ambas as fases da digestão, com melhores resultados após completa digestão, destacando a menor IC50 para microalga C. vulgaris, com valores de IC50 1.251 mg/mL e 0.563 mg/mL, respectivamente. Para cinética enzimática as três espécies atuam como inibidores não competitivos da ECA. A ação antioxidante por ABTS dos extratos peptídicos demonstraram elevada atividade na fase gastrointestinal com melhor captura do radical pelos peptídeos produzidos por C. vulgaris IC50 0.702 mg/mL, diminuindo após completa digestão para 0.477mg/mL. O mesmo comportamento foi observado nas demais microalgas com o método antioxidante por DPPH, com destaque para microalga T. obliquus durante a fase gástrica com IC50 1,557 mg/mL e 0,511 mg/mL. Seguindo da C. vulgaris e D. tertiolecta. Quanto à atividade antimicrobiana, as microalgas inibiram todas as cepas patogênicas testadas, a depender da concentração utilizada, com superior inibição frente às cepas gram positivas quando comparadas às gram negativas. Para as bactérias Gram positivas as microalgas apresentaram comportamento similar com relevância para C. vulgaris com inibição frente a E. faecalis em 0.250 mg/mL, L. monocytogenesS. aureus a partir de 0.125 mg/mL e Bacillus cereus e Bacillus subtilis iniciando inibição a partir de 0.500 mg/mL. Para Gram negativas, houve resistência frente a inibição devido a espessa camada de peptidoglicano. A T. obliquus apresentou inibição em menores concentrações frente a Escherichia coli e Salmonella typhimurium com 0.125 mg/mL. A C. vulgarispara as mesmas cepas patogênicas apresentou inibição em 0.250mg/mL. Frente a Klebsiella pneumoniae necessitou-se de maiores concentrações entre 0.250 e 0.500 mg/mL, respectivamente utilizando peptídeos extraídos da T. obliquuse C. vulgaris. Para o perfil químico, utilizou-se as amostras com melhor bioatividade, neste caso àqueles referentes a C. vulgaris. De acordo com a análise dos cromatogramas dos íons pico base obtidos tanto no modo positivo quanto negativo, pode-se inferir em 2 picos principais peptídeos nas amostras menor que 3 kDa após digestão in vitro. Os resultados do presente trabalho indicam que as microalgas durante o processo digestivo in vitro com frações abaixo de 3 kDa, podem ser consideradas uma fonte em potencial de peptídeos bioativos com propriedades antimicrobiana, antioxidante e anti-hipertensivo. Tais descobertas permitem agregar valor aos peptídeos de microalgas trazendo perspectivas promissoras referentes à promoção da boa saúde dado seu uso pela indústria alimentícia e farmacêutica.



MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - DANIELA DE ARAUJO VIANA MARQUES - UPE
Interno - 3091525 - PAULO ANTONIO GALINDO SOARES
Presidente - 2356344 - RANILSON DE SOUZA BEZERRA
Notícia cadastrada em: 23/08/2022 09:07
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