CARACTERIZAÇÃO FITOQUÍMICA E POTENCIAL ANTICÂNCER DO ÓLEO ESSENCIAL DA MACROALGA LAURENCIA DENDROIDEA
Palavras-chave: Laurencia dendroidea, alga marinha, atividade antioxidante,
O câncer é uma ameaça crescente à saúde pública, sendo, portanto, uma das
principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, além de ser
responsável por altos impactos sociais e econômicos. A busca por novos
compostos bioativos é motivada pela necessidade de se obter resultados
terapêuticos mais eficazes e que atuem de forma seletiva minimizando os efeitos
colaterais. Neste contexto, produtos obtidos de algas marinhas têm-se mostrado
uma fonte rica em substâncias bioativas com atividade biológica e potenciais
aplicações medicinais no tratamento de doenças degenerativas e tumores. Neste
trabalho o óleo obtido da macroalga marinha L. dendroidea foi submetido à
Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas. Em seguida, o
potencial antioxidante do óleo foi avaliado pelos métodos de DPPH, ABTS e
Fosfomolibdênio. Além disso, foi avaliada a atividade anticancerígena usando seis
linhagens de células tumorais humanas HeLa (Carcinoma cervical humano), NCI-
H292 (Carcinoma mucoepidermoide de pulmão), HL60 (Leucemia promielocítica
aguda), HCT-16 (câncer de cólon humano), K562 (Leucemia mielocítica crônica),
MCF-7(Adenocarcinoma de mama) e linhagens não cancerígenas, Vero (Epitelial
normal), e L929 (Fibroblastos de camundongos) usando o ensaio colorimétrico
MTT. Os compostos silfiperfolan-7-β-ol e (-) -7-epi-silfiperfolan-6 β-ol foram
identificados como sendo majoritários no óleo de L. dendroidea. Das metodologias
empregadas não foi possível verificar a capacidade do óleo em sequestrar os
radicais livres. A atividade citotóxica mostrou excelentes resultados para todas as
células cancerígenas, no entanto, a melhor atividade foi vista para a linhagem HL-
60 com valores de IC50 de 0,30 µg/mL. Os compostos majoritários do óleo de L.
dendroidea já foram descritos anteriormente e apresentaram atividades
antimicrobiana, antioxidante e inseticida, porém, este é o primeiro estudo na
literatura que relata as propriedades citotóxicas do óleo essencial dessa espécie
frente a células cancerígenas.