Banca de QUALIFICAÇÃO: PEDRO PAULO MARCELINO NETO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PEDRO PAULO MARCELINO NETO
DATA : 28/01/2022
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES FARMACOLÓGICAS DOS EXTRATOS DE Laguncularia racemosa (L.) C. F. GAERTN RELACIONADAS A SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE INDUZIDA POR LIPOLISSACARÍDEO EM CAMUNDONGOS


PALAVRAS-CHAVES:

Mangue branco. Sars-Cov-2. Lesão pulmonar aguda. Antioxidante.


PÁGINAS: 75
RESUMO:

A pandemia de Covid-19 apresentou o vírus Sars-Cov-2 como um grande responsável pelo aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), antes relacionada as infecções hospitalares por bactérias gram-negativas. Nas últimas décadas, as atividades farmacológicas das plantas no tratamento das doenças respiratórias têm sido investigadas, e as espécies do ecossistema manguezal se mostraram promissoras por suas atividades farmacológicas comprovadas. A Laguncularia racemosa (L.) C. F. Gaertn é uma planta da família Combretaceae, conhecida popularmente como mangue branco, amplamente distribuída no ecossistema manguezal e usada na medicina popular para o tratamento de diarreia, feridas bucais e febre. Neste contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a toxicidade e as atividades antioxidante e anti-inflamatória dos extratos hexânico (EHLr), acetato de etila (EALr) e etanólico (EELr) das folhas de L. racemosa na lesão pulmonar aguda induzida por lipopolissacarídeo em camundongos. Os extratos foram preparados pelo método de maceração e foi determinado o teor de fenóis totais, flavonóis e protoantocianidinas. A atividade antioxidante da L. racemosa foi avaliada pelos métodos do fosfomolibdênio e do sequestro de radicais livres DPPH. A citotoxicidade dos extratos foi avaliada frente a célula mononuclear de sangue periférico (PBMC) e hemácias. Na avaliação in vivo, foi realizado o ensaio toxicológico não clínico agudo com o extrato mais ativo nos experimentos in vitro na dose de 2.000 mg/kg. Foi identificado um maior teor de fenóis totais no EELr quando comparado aos demais extratos, enquanto que as proantocianidinas foram indicadas em maior quantidade no EHLr. Na atividade antioxidante, EELr apresentou uma concentração necessária para inibir 50% do radical DPPH (CE50) de 636,7 ± 94,98 µg/mL, enquanto que os demais extratos nesse teste e no método do fosfomolibdênio não diferiram estatisticamente do controle ácido ascórbico. Na atividade citotóxica, os extratos apresentaram IC50 superior a 100 µg/mL. Na avaliação do potencial hemolítico, os extratos não foram capazes de induzir hemólise. A administração de 2.000 mg/kg do EELr não causou alterações comportamentais, nas massas corporais, nem no consumo de água e ração dos camundongos. A DL50 do extrato foi superior a 2000 mg/kg de massa corporal. A partir dos resultados obtidos nesse trabalho, pode-se concluir que os extratos brutos de L. racemosa apresentaram baixa toxicidade, in vitro e in vivo, além de potencial antioxidante provavelmente associado ao teor de fenóis totais, flavonóis e protocianidinas em sua composição.

 




MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 602.363.707-82 - CHRISTINA ALVES PEIXOTO - Fiocruz - PE
Interna - 1262835 - CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
Externo à Instituição - VANDA LUCIA DOS SANTOS - UFPB
Notícia cadastrada em: 03/01/2022 10:40
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