Banca de DEFESA: GEORGE SOUZA FEITOZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GEORGE SOUZA FEITOZA
DATA : 29/11/2021
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

AVALIÇÃO DO PERFIL TÓXICOLÓGICO, AÇÃO ANTIULCERÔGENICA E POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DOS RESIDUOS DO UMBU


PALAVRAS-CHAVES:

Spondia tuberosa, toxicidade, gastroproteção, fermentação em estado sólido.


PÁGINAS: 180
RESUMO:

Spondia tuberosa Arruda Carmara, é uma planta endêmica do Brasil, com ampla distribuição pela região da caatinga brasileira, conhecida popularmente como umbuzeiro e consagrada por ser uma espécie frutífera de grande valor econômica, social, ecológica, medicinal e nutricional. O fruto conhecido como umbu ao passar por qualquer processo, seja para a produção de algum produto ou consumo in natura gera resíduos (cascas e / ou sementes) que são descartados. O objetivo desde trabalho foi caracterizar o perfil físico-químico, toxicológico, avaliar ação gastroprotetora, o potencial destes resíduos na fermentação em estado sólido para produção de compostos fenólicos e verificar por meio de estudos in silico alguns parâmetros e efeitos biológicos. Para isso cascas e caroços foram obtidos foram secos sob temperatura (60 ± 2 ºC) até peso constante, após foram triturados em moinho de facas e peneirados (20 mseh).  Tando as partes filtradas e retidas pela peneira foram utilizadas para os ensaios. Os resíduos forma submetidos a caraterização físico-química, análises fitoquímica por CCD e HPLC. As análises físico-químicas da farinha foi determinada pela composição química, determinando carboidratos totais, lipídeos, proteínas, açúcares redutores e não redutores, cinzas, granulometria, umidade, atividade de água. Na determinação fitoquímica foram analisados o teor de flavanóides usando a quecertina como padrão, fenólicos totais usando reagente Folin-Ciocateu e ácido gálico como padrão. Análises qualitativas de compostos secundários foram obtidas por técnicas de cromatográfia de camada delgaca (CCD) e em coluna de alta eficiência (CLAE). As análises antioxidantes foram determinadas pelo sequestro dos radicais DPPH e ABTS, além do ensaio do CAT. Nos ensaios enzimáticos foram avaliados o potencial de inibição sobre enzimas digestivas (amilase, lipase, tripsina e quimotripsina). Os ensaios in vivo foram avaliados a toxicidadeaguda, subaguda e genotoxicidade (ensaio micronúcleo e cometa), atividades gastroprotetora e mecanismo de ação. A fermentação em sólido sobre ação do fungo Aspergillus niger GH1 foi utilizada para recuperação de compostos fenólicos. O estudo in silico foi usando para analisar a estrutura dos compostos identificados nos resíduos; parâmetros de absorção, distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade, além de predições de bioatividades foram analisados. Nos resultados da caracterização físico-químicos os resíduos obteve valores altos de carboidratos, pH ácido, baixo teor de umidade, proteínas, lipídeos e cinzas. Nas análises fitoquímicas os resíduos apresentaram alto teores de fenólicos e flavanóides. Dentre os fenólicos, os detectados pelo CLAE foram rutina e ácido e ácido gálico. Nas análises das atividades antioxidantes os resíduos apresentaram valores altos de inibição para os radicais DPPH e (88,2 %) e ABTS (55,7 %), além de obter um valor alto para a CAT (74,59 %).  No ensaio de atividade enzimática os resíduos inibiram atividade da amilase (95 %), lipase (91 %), moderada para tripsina (28 %) e ativação das demais proteases avaliadas. Em relação aos ensaios in vivo os resíduos mostrou-se seguro para os ensaios de toxicidade aguda, subaguda e genotóxico, com DL50 acima do recomendado pela OECD. Quando ao efeito gastroprotetor, mostrou-se direta relação de dose-dependente, destacando para as duas maiores doses (1.000,00 e 500,00 mg / kg)que  reduziram a úlcera em 91,95 % 82,86% com possível mecanismo de ação pela via do óxido nítrico. Na fermentação em estado sólido os resíduos serviram como substrato ideal para o crescimento do Aspergillus niger, o fungo foi capaz de hidrolisar os composto fenólicos e liberara-los, contribuindo com ações antioxidantes observadas. Alguns destes metabolitos são revelados pela primeira para os resíduos do fruto de Spondia tuberosa. O estudo in silico mostrou nas predições que todos dos compostos identificados no resíduo com ou sem fermentação tem característicos encontrados para os fenólicos, como agente antioxidantes, fora isso, as predições in silíco apontaram possíveis atividades biológicas, muitas destas já relatadas na literatura. Sobre os efeitos tóxicos, todos das as leituras apontaram os compostos com baixo risco, com DL50 acima do preconizado pela OECD, sendo um aspecto positivo para futuras aplicações desses resíduos em produtos farmacêuticos, alimentícios e biotecnológicos. 



MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 3239642 - ALISSON MACARIO DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - CLOVIS MACEDO BEZERRA FILHO
Externa à Instituição - KÁTIA ALVES RIBEIRO
Presidente - 1134040 - MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
Externo à Instituição - THIAGO BARBOSA CAHU - UFPE
Notícia cadastrada em: 22/11/2021 12:51
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