Banca de QUALIFICAÇÃO: WENDEO KENNEDY COSTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : WENDEO KENNEDY COSTA
DATA : 29/09/2021
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DAS TOXICIDADES AGUDA E SUBAGUDA E DAS ATIVIDADES ANTINOCICEPTIVA E ANTI-INFLAMATÓRIA DE ÓLEO ESSENCIAL OBTIDO DE FOLHAS de Psidium glaziovianum Kiaersk


PALAVRAS-CHAVES:

Myrtaceae. Psidium glaziovianum. Toxicidade aguda. Toxicidade em doses repetidas. Dor. Inflamação.


PÁGINAS: 120
RESUMO:

O gênero Psidium L. apresenta diversas espécies com importância econômica e medicinal, entretanto várias espécies desse gênero ainda não foram avaliadas quanto ao seu potencial medicinal e nem a segurança de uso, entre essas espécies encontramos Psidium glaziovianum Kiaersk, que é uma espécie endêmica do Brasil, com distribuição na Caatinga e Mata atlântica. Diante disso, foi extraído um óleo essencial das folhas de P. glaziovinaum (PgEO) e foram avaliados as toxicidades aguda e subaguda e os efeitos antinociceptivo e anti-inflamatório. A caracterização química do óleo por Cromatografia gasosa associada a espectrometria de massas demonstrou que o óleo era dominado por sesquiterpenos, sendo os compostos majoritários 1,8-cineole (24,29%), α-pinene (19,73%) e β-pinene (17,31%). PgEO foi então usando no teste de hemólise, onde apresentou baixa toxicidade para eritrócitos de camundongos com capacidade de hemólise variando entre 0,33% a 1,78%. Já no teste de toxicidade oral aguda nas concentrações de 2.000 e 5.000 mg/kg os dados não revelaram efeitos tóxicos, foram observadas diferença no ganho de peso e alterações hematológicas, bioquímicas e histopatológicas apenas nos animais tratados com a concentração de 5.000 mg/kg. No ensaio de toxicidade subaguda os animais machos e fêmeas receberam PgEO durante 28 dias nas concentrações de 250, 500 ou 1000 mg/kg e foi possível observar que o tratamento apresentou baixa ou nenhuma toxicidade, pois não foram observadas alterações hematológicas, bioquímicas, urinárias, histopatológicas e temperatura retal em nenhuma concentração testadas, já a glicemia dos animais apresentou leve redução e houve produção de SOD e CAT no baço e fígado. Adicionalmente foi possível observar que o tratamento durante 28 dias com as diferentes concentrações do PgEO não foi capaz de alterar as atividades motoras, exploratória e comportamental dos animais nos testes de campo aberto, rota-rod e labirinto em cruz elevada. Na avaliação da atividade antinociceptiva o PgEO nas concentrações de 25, 50 e 100 mg/kg se mostrou eficiente na redução das contorções abdominais induzida por ácido acético, no tempo de lambedura no teste de formalina na primeira e segunda fase, além de ser eficiente aumentando o tempo de latência nos testes térmicos que avaliam a ação central. Além disso, o potencial mecanismo subjacente foi investigado com bloqueadores das vias da dor e os resultados revelaram uma ação combinada das vias opioidérgica e muscarínica. O potencial anti-inflamatório foi confirmado em testes agudos utilizando diferentes concentrações de PgEO (25, 50 e 100 mg/kg). No ensaio de edema de pata que o PgEO foi capaz de reduzir o edema em todas as concentrações testadas, no teste de peritonite o PgEO também foi capaz de reduzir o influxo de células envolvidas no processo inflamatório, bem como reduzir a produção de TNF-α e IL-1β, importantes mediadores pró-inflamatórios. No ensaio de granuloma o PgEO também foi capaz de reduzir a formação do granuloma. Este estudo fornece evidências que o PgEO apresenta baixa toxicidade quando administrado em alta concentração uma única vez e quando administrado diariamente durante 28 dias em concentração de até 1000 mg/kg. Além disso o PgEO pode ser eficaz no tratamento da dor e da inflamação, podendo ter aplicações futuras como um possível fitoterápico. 



MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 1328775 - MAGDA RHAYANNY ASSUNCAO FERREIRA
Presidente - 1134040 - MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
Interna - 1133984 - PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
Notícia cadastrada em: 25/09/2021 18:28
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