AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE, ANTIBACTERIANA, ANTI-FORMAÇÃO DE BIOFILME E CITOTOXICIDADE DO EXTRATO ETANÓLICO DE GEOPRÓPOLIS FRENTE CEPAS DE Staphylococcus aureus
Abelhas sem ferrão; Produtos Naturais; Bactéria Patogênica; Biofilme; Radicais livres.
As resinas de geoprópolis são produzidas por abelhas sem ferrão (Meliponinae), desenvolvidas a partir da coleta de materiais resinosos, ceras e exsudatos, da flora da região onde estas abelhas estão presentes, além da adição de argila ou terra em sua composição. Várias atividades biológicas são atribuídas aos Extratos Etanol de Geoprópolis (EEGP). As propriedades bioativas estão associadas a composição química complexa que estas possuem. Este trabalho apresenta duas abordagens: 1. Revisao bibliográfica sobre as Propriedades Antibacterianas e Antioxidantes de Extratos de Geoprópolis de Abelhas Sem Ferrão (Meliponinae) ocorrentes no território brasileiro e 2. Avaliação das atividades biológicas do EEGP, como uma alternativa terapêutica natural para o enfrentamento de infecções causadas por cepas resistentes de Staphylococcus aures. Em relação a primeira abordagem o estudo revelou que a busca pelos produtos naturais (EEGP), sua composição química e potencial bioativo aumentou substancialmente nos últimos anos e que a geoprópolis produzidas no Brasil possuem uma elevada variabilidade de constituintes químicos em sua composição, em consequência da diversidade vegetal encontrada no território brasileiro.Já em relação a segunda abordagem, os testes demostraram que o EEGP apresenta atividade antibacteriana e bacteriostática nos isolados de S. aureus testados. Adicionalmente, foi observado inibição do biofilme destes patogenos com valor médio superior a 65% na concentração mais alta e potencial antioxidante (CI50) de 11,05 ± 1,55 µg/mL. Os teste de citotoxicidade, revelaram que o EEGP reduziu significativamente a viabilidade celular nas três concentrações testadas (550 µg/mL: 81,68 ± 3,79%; 1100 µg/mL: 67,10 ± 3,76 %; 2200 µg/mL: 67,40 ± 1,86%). Diante do exposto, o uso seguro do EEGP proveniente do Nordeste brasileiro, pôde ser comprovado pelo teste de citotoxicidade, e seu uso como agente antioxidante e antibacteriano mostrou-se eficaz, sendo este uma alternativa viável no combate ao estresse oxidativo e na disseminação e evolução contínua da resistência em S. aureus.