Banca de DEFESA: GABRIEL DA SILVA FERREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GABRIEL DA SILVA FERREIRA
DATA : 31/05/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Centro de Biociências da UFPE
TÍTULO:

DIVERSIDADE FUNGICA EM NINHOS DE TARTARUGAS MARINHAS (Caretta caretta - LINNAEUS, 1758) NO LITORAL DE IPOJUCA- PERNAMBUCO, NORDESTE DO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Costa litorânea. Aspergillus. Penicillium. Talaromyces. Ovos. Micobiota. Biologia da conservação.


PÁGINAS: 95
RESUMO:

As tartarugas marinhas são dependentes de suas rotas migratórias e de ambientes costeiros para alimentação e reprodução, mantendo contato frequente com diversos organismos fúngicos. No entanto, a escassez de estudos micológicos ressalta a necessidade de pesquisas adicionais para a compreensão dessas interações e a conservação das espécies ameaçadas. Este estudo possui duas abordagens: 1. Levantamento bibliográfico sobre a interação de fungos em tartarugas marinhas em escala global e 2. Investigação da diversidade fúngica em ninhos e ovos de tartarugas da espécie Carettacaretta ao longo da costa litorânea do município de Ipojuca-PE, nordeste do Brasil. Para atender a primeira abordagem foram realizadas buscas na literatura por meio de bases de dados como BVS, SciELO, Periódicos CAPES e Google Acadêmico. De acordo com os critérios estabelecidos, foram selecionados 27 artigos, os quais revelaram a ocorrência de 29 gêneros fungicos nas tartarugas marinhas, sendo os gêneros: Fusarium (21%), Aspergillus (11%) e Cladosporium (11%) os mais frequentes presentes em todas as fases de desenvolvimento, desde ovos até animais adultos. Apesar de esclarecedores, esses dados ainda são insuficientes para compreender a interação destas comunidades com estes animais marinhos. Sendo assim, esta dissertação realizou sua segunda abordagem com coletas de ovos e areia em ninhos de tartaruga da espécie C. caretta ocorrente nas praias de Porto de Galinhas, Muro Alto e Maracaípe, localizadas no litoral pernambucano. Os fungos foram isolados por meio de diluição das amostras em meios de cultura específicos e identificados morfologica e molecularmente por meio do sequenciamento do gene β-tubulina. No total foram obtidos 207 isolados, 104 (50,2%) pertencentes aos gêneros Aspergillus, Penicillium e Talaromyces. O mais prevalente foi Penicillium representado por 11 espécies (P. allii-sativi, P. brocae, P. citreosulfuratum, P. citrinum, P. coffae, P. mallochii, P. meliponae, P. oxalicum, P. steckii, P. sp. Nov. 1 e P. sp. Nov. 2.); seguido do Aspergillus  oito espécies (A. flavus, A. hortae, A. insulicola, A. niger, A. sidowii, A. tamarii, A. terreus e A. unguis)e Talaromyces quatro espécies (T. albobiverticillius, T. alveolaris, T. pigmentosus e T. wortmannii).  A. sidowii e P. citrinum foram encontradas em abundância tanto dentro dos ovos quanto na areia, enquanto os isolados de Talaromyces foram identificados exclusivamente no conteúdo interno dos ovos. Esses resultados sugerem a existência de interações ecológicas específicas ainda não completamente compreendidas e contribuem para ampliar nosso conhecimento sobre a ecologia das tartarugas marinhas e o potencial impacto dos fungos em sua reprodução. Dessa forma, são necessários estudos adicionais para aprofundar nosso entendimento em relação ao potencial benéfico, neutro ou maléfico das espécies encontradas.



MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - EDNILZA MARANHAO DOS SANTOS - UFRPE
Presidente - 2380850 - MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
Interno - 2356344 - RANILSON DE SOUZA BEZERRA
Notícia cadastrada em: 26/05/2023 20:50
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