SAÚDE BUCAL, COESÃO FAMILIAR E ADAPTABILIDADE EM INDIVÍDUOS COM DIABETES MELLITUS TIPO 2
Saúde bucal; Diabetes Mellitus; Família; Características da família.
Esse trabalho objetivou avaliar se há a associação entre a condição de saúde bucal em indivíduos com diabetes mellitus tipo II, coesão e adaptabilidade familiares. É um estudo observacional, de corte transversal e analítico, com amostra randomizada e de base populacional, captada em unidades de saúde da família de um município do nordeste brasileiro. Foi feita a avaliação periodontal de 302 pacientes e os dados clínicos foram correlacionados com os escores do FACES III, instrumento que avalia a autopercepção do indivíduo sobre coesão e adaptabilidade e classifica os tipos familiares. Observou-se que 49,3% dos pacientes tinham arco curto, 85,4% tinham perdas dentárias anteriores e posteriores. Indivíduos que perceberam suas famílias com adaptabilidade balanceada apresentaram menor média de perdas dentárias, mais dentes obturados e menos uso de prótese. Entre indivíduos que usavam prótese, 54,3% pertenciam a grupos extremos de coesão, enquanto, entre aqueles que não utilizavam, 63,6% pertenciam a grupos balanceados (p=0,002). Adultos e idosos diabéticos que perceberam suas famílias com coesão balanceada também tiveram maior média de restaurações dentárias. A partir desses dados é possível perceber que indivíduos com coesão, adaptabilidade e tipos familiares balanceados tendem a buscar mais tratamento dentário.