ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS IL-6 -174 G/C E TNF- α -308 G/A COM A PERIODONTITE EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS SUBMETIDOS A HEMODIÁLISE
Palavras-chave: Hemodiálise. Doenças Periodontais. Interleucina-6. Fator de Necrose Tumoral.
Objetivo: Correlacionar a presença e gravidade da doença periodontal com os polimorfismos genéticos de IL-6 -174 G/C e TNF-α -308 G/A em pacientes renais crônicos em hemodiálise. Materiais e métodos: Estudo transversal, composto por um grupo caso que envolvia pacientes em hemodiálise provenientes do Hospital das Clínicas da UFPE e do Hospital Maria Lucinda. O grupo controle foi composto por pacientes que realizaram primeira consulta para triagem na clínica de Estomatologia da UFPE, sendo saudáveis para doença renal crônica. O diagnóstico periodontal foi estabelecido através da avaliação da profundidade de sondagem, perda de inserção
clínica e de sangramento a sondagem, dando o diagnóstico quanto ao grau, estágio e localização da periodontite. Os polimorfismos de nucluotídeo único foram genotipados com discriminação alélica através da técnica de PCR em tempo real. Resultados: Foram avaliados 84 pacientes (Caso: n=43; Controle: n=41) com idade média de 46,6 12 anos, variando dos 18 aos 78 anos, na qual a maioria (54,7%) era do sexo feminino. Quanto a presença de doença periodontal, não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre o grupo caso (76,7%) e controle (73,2%). Ao categorizar a doença periodontal quanto ao estágio (p=0,655), grau (p=0,512) e localização (p=0,904) nenhuma diferença estitisticamente significativa foi visualizada entre os dois grupos estudados, nem quando comparados quanto as distribuições alélicas e genotípicas de IL-6 e TNF-α. Da mesma forma, quando subdividimos os grupos hemodiálise e saudáveis quanto aos que apresentavam ou não periodontite, nenhuma diferença foi observada entre os subgrupos, no entanto, quando categorizamos os pacientes quanto ao estágio da periodontite, obtiveram-se resultados estatisticamente significativos no grupo hemodiálise, considerando que o genótipo GG e a ausência do alelo C estariam relacionados com maior destruição periodontal. Conclusão: O alelo C apresenta efeito protetor com relação a gravidade da doença periodontal em pacientes em hemodiálise.