Banca de QUALIFICAÇÃO: RAYANE SIQUEIRA DE SOUSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAYANE SIQUEIRA DE SOUSA
DATA : 17/03/2022
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

Atividades in vitro e in vivo dos extratos de Stemodia maritima L.: potencial
antioxidante, antibacteriano, anti-inflamatório e gastroprotetor


PALAVRAS-CHAVES:

Fenólicos. Úlcera. Plantaginaceae


PÁGINAS: 107
RESUMO:

Stemodia maritima L. é um arbusto encontrado por toda América do Sul e em ilhas do Caribe, onde é usada popularmente para tratar doenças venéreas e edemas. No nordeste do Brasil é conhecida como “mastruz-bravo ou melosa”. Estudos revelam a presença de flavonoides, esteróides e diterpenos em suas folhas e raízes, esses compostos secundários tem um papel importante em atividades biológicas, assim, esse trabalho tem como objetivo principal, a análise da atividade gastroprotetora. Os extratos hexânico (EHSm), acetato de etila (EASm) e etanólico (EESm) das folhas de S. maritima, foram obtidos por maceração exaustiva e submetidos as atividades de caracterização fitoquímica, antioxidante, antibacteriana, citotóxica, toxicologia aguda (OECD 423), e gastroproteção. Na análise fitoquímica por cromatografia em camada delgada, foi observado a presença de flavonoides, triterpenos e esteroides, saponinas, proantocianidinas e leucoantocianidinas, mono e sesquiterpenos. Na cromatografia em camada gasosa acoplada a espectrometria de massas, foram encontrados majoritariamente, o ácido linoleico no EHSm, e o ácido secoandrostanóico no EASm. Os extratos demonstraram relevante atividade antioxidante in vitro, principalmente o EESm, nos métodos de DPPH, ABTS, FRAP e AAT. Na avaliação da atividade antibacteriana por microdiluição em caldo, os extratos foram mais eficazes contra Micrococcus luteus e Bacillus subtilis. Na atividade citotóxica, avaliada através da linhagem de células L929, o tratamento de 72h com os extratos manteve a viabilidade celular e a administração aguda (v.o.) de 2.000 mg/kg dos extratos em camundongos, não causou alterações comportamentais, bioquímicas e hematológicas, nem alterações na massa corporal e nos consumos de água e ração. O pré-tratamento com EHSm, EASm e EESm nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg, reduziu de forma significativa o índice de lesão ulcerativa no modelo de indução por etanol absoluto, a redução respectiva a cada dose dos extratos foi: EHSm (79, 85 e 91 %), EASm (81, 85 e 86 %) e EESm (85, 90 e 93 %) quando comparado ao controle lesionado. No modelo de indução por anti-inflamatórios não esteroidais, os animais pré-tratados com EESm (25, 50 e 100 mg/Kg) reduziram a área de lesão ulcerativa (ALU) em 62, 73 e 90%, respectivamente, quando comparados ao controle lesionado. Os extratos ainda foram capazes de aumentar as concentrações de NO e GSH no tecido de mucosa gástrica e reduzir os níveis de MPO e MDA em relação ao grupo controle lesionado. Estes dados indicam que os extratos de S. maritima preservam a mucosa contra danos lesivos e elucidam seu efeito gastroprotetor, com possíveis mecanismos associados ao óxido nítrico e sistemas antioxidantes relacionados à inibição do estresse oxidativo.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DANIEL DIAS RUFINO ARCANJO - UFPI
Presidente - 2207994 - ALMIR GONCALVES WANDERLEY
Externa à Instituição - VANDA LUCIA DOS SANTOS - UEPB
Notícia cadastrada em: 10/03/2022 10:50
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