PPGPSI PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA - CFCH DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA - CFCH Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: MARIA VERONICA ARAUJO DE SANTA CRUZ OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA VERONICA ARAUJO DE SANTA CRUZ OLIVEIRA
DATA : 03/02/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Remoto/Videoconferência
TÍTULO:

Narrativas sociopoéticas de mulheres sobre suas experiências após terem sofrido violência obstétrica nas maternidades públicas de Caruaru


PALAVRAS-CHAVES:

Violência Obstétrica; Epistemologia Decolonial; Gênero; Racismo; Sociopoética


PÁGINAS: 316
RESUMO:

O objetivo desta pesquisa foi analisar os efeitos que a violência obstétrica opera na vida das mulheres que foram violadas ao buscarem assistência à saúde no seu parto. Trata-se de uma pesquisa qualitativa inspirada na metodologia da sociopoética. A análise se deu através das lentes das epistemologias decoloniais, com recorte de gênero e raça. A leitura da tese é um convite para transitarmos juntas/os/es no universo sensível das mulheres, a partir das diversas formas em que irão nos narrar suas experiências ao sofrerem a violência obstétrica. Por esses caminhos, visitaremos as memórias de dores e sofrimentos, mas também suas alegrias, potências de vida, cuidado coletivo e formas de resistência. A violência obstétrica foi compreendida como um fenômeno complexo que se constituiu à medida que uma sociedade colonizadora, misógina, heteronormativa, violenta e racista se estruturou e colonizou o parto. A pesquisa demonstrou que essa violação pode ocorrer em todas as fases da vida e das decisões reprodutivas das mulheres, podendo trazer consequências nas diversas dimensões de suas vidas. Destaca-se que as mulheres negras são as mais vulneráveis aos maus-tratos e negligência por invisibilidade. Como resultado, essa violação pode atuar impedindo o nascer de seus filhos ou fazendo morrer as mulheres e seus conceptos. Assim, essa violação se configurou como uma estratégia da colonialidade do poder, saber e ser, que, para além de controlar os corpos, a sexualidade e o parto das mulheres, serviu aos projetos ideológicos eugênicos de branqueamento da nação. Diante disso, o seu enfrentamento demanda empoderamento das mulheres; humanização da atenção à saúde sexual e reprodutiva; garantia dos direitos humanos, sexuais e reprodutivos; acesso universal, integral e equânime da saúde; enfrentamento do racismo e garantia do lugar de fala e de poder de decisão das mulheres negras na gestão dos serviços do SUS e na produção do conhecimento.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1149556 - ROSINEIDE DE LOURDES MEIRA CORDEIRO
Interno - 2283143 - JORGE LUIZ CARDOSO LYRA DA FONSECA
Interna - 1963079 - VIVIAN MATIAS DOS SANTOS
Externo à Instituição - JACQUES HENRI MAURICE GAUTHIER
Externo à Instituição - NATHALIA DIORGENES FERREIRA LIMA
Notícia cadastrada em: 02/02/2022 11:11
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