PPGBA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ANIMAL - CB DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA - CB Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: REBECCA NIMRAH UMEED DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: REBECCA NIMRAH UMEED DE SOUZA
DATA : 28/04/2023
HORA: 09:00
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

Impact of the environment on the vocal communication of Trichechus manatus manatus 


PALAVRAS-CHAVES:

Estrutura de vocalização. Produção de vocalização. Propagação de vocalização. Sirenia. Flexibilidade de vocalização. 


PÁGINAS: 189
RESUMO:
Esta tese tem como objetivo apresentar o repertório vocal de peixes-boi das Antilhas, Trichechus manatus manatusalojados em centros de cativeiro e reintrodução no Nordeste do Brasil e descrever as interações vocais entre mães de vida livre e seus filhotes. Também apresentamos evidências para a produção potencial de vocalizações de assinatura e investigamos como as variáveis abióticas afetam os padrões de produção vocal do peixe-boi das Antilhas e a propagação da chamada. Assim, aqui dividimos esta tese em duas partes: Parte I – A complexidade vocal dos peixes-boi das Antilhas e comunicação coespecífica e Parte II – Os efeitos de fatores abióticos na produção vocal dos peixes-boi das Antilhas. Na parte I, para descrever o repertório vocal dos peixes-boi das Antilhas, gravamos seis fêmeas e quatro machos em cativeiro e quatro machos em um centro de reintrodução. Analisamos as vocalizações produzidas durante sessões de observação focal de 10 minutos. Descobrimos que os peixes-boi do nosso estudo produziam quatro tipos de vocalizações: Squeaks, Chirps, Trills e Pulse calls, algumas das quais tinham várias variantes (cinco variantes Squeak e quatro variantes Trill). Descrevemos um novo tipo de vocalização: vocalizações “Pulse” e descobrimos que as vocalizações Chirps e Pulse foram produzidas apenas por peixes-boi machos, enquanto Squeaks e Trills foram produzidos por todos os grupos de estudo. Em seguida, registramos quatro peixes-boi no centro de reintrodução, individualmente, e encontramos diferenças significativas na estrutura das vocalizações produzidas por Squeak, sugerindo que os peixes-boi produzem vocalizações que contêm informações sobre a identidade individual. Também registramos três pares mães e seus respectivos filhotes em vida livre e descobrimos que cada par produzia vocalizações Squeak com estruturas físicas significativamente diferentes. Assim, concluímos que os peixes-boi das Antilhas podem produzir vocalizações características, que auxiliam no reconhecimento específico e podem ser vitais para a sobrevivência dos filhotes. A Parte II discute os efeitos de variáveis abióticas na propagação do canto do peixe-boi das Antilhas. Aqui, registramos seis fêmeas e quatro machos em cativeiro, 4 machos em um centro de reintrodução e um par (uma fêmea e um macho) recentemente translocado para um centro de reintrodução. Encontramos diferenças nas taxas de chamadas entre os grupos de estudo durante o dia (das 5h às 21h), mas não durante a noite (das 21h às 5h). As taxas de chamada também foram diferentes de acordo com os três grupos de reintrodução de acordo com o nível da maré. Os tipos de chamadas produzidas foram diferentes para todos os grupos de chamadas, onde cada grupo produziu mais chamadas Squeak em comparação com os outros tipos de chamadas. Além disso, encontramos diferenças na taxa de vocalização entre machos cativos, fêmeas cativas e machos reintroduzidos mais jovens com base na hora do dia. Também encontramos diferenças dentro do grupo de machos reintroduzidos mais velhos para o nível da maré. Não foram encontradas diferenças para as taxas de chamada do par de reintrodução de acordo com a hora do dia ou o nível da maré. Machos em cativeiro, machos reintroduzidos mais velhos e machos reintroduzidos mais jovens apresentaram as menores taxas de vocalização durante a noite, enquanto as fêmeas em cativeiro apresentaram as menores taxas de vocalização durante a parte mais quente do dia (9h-13h). Machos e fêmeas em cativeiro apresentaram as maiores taxas de vocalização durante as primeiras horas da manhã, enquanto os machos reintroduzidos mais velhos apresentaram as maiores taxas de vocalização entre 17h e 21h e os machos reintroduzidos mais jovens entre 9h e 13h. Os machos reintroduzidos mais velhos e mais jovens apresentaram as menores taxas de vocalização durante o pico da maré baixa e as maiores taxas de vocalização durante a maré cheia e o pico da maré alta, respectivamente. O par de reintrodução produziu as menores taxas de vocalização entre 9h-13h e durante o pico da maré alta, e as maiores taxas de vocalização entre 1h-5h e o pico da maré baixa. A estrutura das vocalizações foi relativamente estável entre os grupos de estudo, apresentando diferenças para os quatro parâmetros da vocalização (duração (ms), frequência de energia máxima (kHz), frequência máxima (kHz) e frequência mínima (kHz)). No entanto, a classificação das vocalizações foi baixa, sugerindo que a estrutura das vocalizações não diferiu o suficiente para diferenciá-las com base na hora do dia e no nível da maré. Portanto, podemos concluir que as condições de cativeiro afetam os padrões de taxa de vocalização do peixe-boi e que os peixes-boi que são translocados de ambientes cativos para ambientes de reintrodução devem adaptar sua produção de vocalização ao novo ambiente.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2088859 - BRUNA MARTINS BEZERRA
Externa à Instituição - CARLA SORAIA SOARES DE CASTRO
Interno - ***.401.405-** - JOÃO PEDRO SOUZA ALVES - UFPE
Externa à Instituição - MARIA ADELIA BORSTELMANN DE OLIVEIRA
Interno - 3091544 - PEDRO IVO SIMOES
Notícia cadastrada em: 24/04/2023 09:08
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