PPGBA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ANIMAL - CB DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA - CB Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: STEPHANIE EVELYN FRANÇA GUIMARAES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : STEPHANIE EVELYN FRANÇA GUIMARAES
DATA : 25/07/2022
HORA: 14:00
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

Padrões de colonização de cadáveres por dípteros e sua aplicabilidade para a entomologia forense


PALAVRAS-CHAVES:

Ecologia da Decomposição. Calliphoridae. Necrobioma. Intervalo Pós-Morte Mínimo. Blaesoxipha stallengi.


PÁGINAS: 79
RESUMO:

Diptera representa a ordem mais bem-sucedida na exploração de recursos efêmeros, sendo um importante agente de colonização em necrobiomas. No processo de decomposição, o corpo sofre transformações, as quais podem atrair diferentes espécies de dípteros necrófagos. No entanto, tempo de decomposição do corpo e o perfil de colonização dos insetos são influenciados por fatores intrínsecos e extrínsecos. O presente trabalho teve por objetivo investigar os padrões de colonização de cadáveres por dípteros necrófagos, investigando variáveis referentes ao cadáver, ao ambiente e às condições de morte. A pesquisa foi realizada no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (NUMOL) de Campina Grande (PB), em 2022. A coleta dos insetos foi realizada manualmente, sendo o corpo organizado em quatro regiões: cabeça, tronco, membros superiores e membros inferiores. Informações relacionadas ao cadáver e a morte foram disponibilizadas pelo NUMOL. No Laboratório de Sistemática e Bioecologia de Insetos da Universidade Estadual da Paraíba, em Campina Grande, as larvas foram transferidas para recipientes plásticos e mantidas em laboratório com carne bovina moída fresca (25°C, 60% UR), e monitoradas até a emergência dos adultos. A estimativa do Intervalo Pós-Morte foi baseada no Grau-Dia Acumulado (GDA). Foram observados 117 cadáveres (104 homens e 13 mulheres), dos quais somente 10% estavam colonizados. A maioria dos óbitos resultou de morte violenta (91%). Além disso, 76% dos corpos foram recolhidos em menos de 10 horas após a confirmação da morte. Embora a fase de decomposição fresca tenha predominado entre os corpos analisados (85%), uma maior colonização ocorreu fase na gasosa (75%). Todos os cadáveres colonizados eram do sexo masculino (12), procedentes de municípios situados nas mesorregiões paraibanas do Agreste e da Borborema, cujos grupos etários variaram de recém-nascido até idoso. No total, 1.161 indivíduos das famílias Calliphoridae (7 spp.) e Sarcophagidae (3 spp.) emergiram em laboratório. Todas as espécies ocorreram na fase gasosa e Chrysomya albiceps foi a espécie predominante (75%). A cabeça foi a região do corpo mais colonizada pelos insetos (92% dos casos). Registrou-se colonização em áreas urbanas e rurais, e a maioria das espécies colonizou ambientes indoor e outdoor. A presença de vestimentas não impediu a oviposição. Blaesoxipha stallengi é reportada pela primeira vez como colonizadora de cadáveres humanos, fato que amplia o número de espécies de Sarcophagidae de importância forense. A estimativa do Intervalo Pós-Morte foi realizada para as espécies C. albiceps, Chrysomya megacephala, Chrysomya putoria e Cochliomyia macellaria e B. stallengi. Houve discrepância entre as estimativas de IPM obtidos pela Medicina Legal e pelas evidências entomológicas. Constatamos a dominância do sexo masculino em ocorrências de morte violenta e que o curto tempo decorrido entre a morte e o recolhimento do cadáver limita a colonização por insetos. Blaesoxipha stallengi está associada a áreas urbanas e possui preferência por ambientes xéricos. 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - WELLINGTON EMANUEL DOS SANTOS
Interna - 2352978 - LUCIANA IANNUZZI
Presidente - 1256096 - SIMAO DIAS DE VASCONCELOS FILHO
Externo à Instituição - TACIANO DE MOURA BARBOSA
Notícia cadastrada em: 22/07/2022 10:34
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