Paisagem acústica em um fragmento de Mata Atlântica com diferentes anos de reflorestamento
Índices acústicos. Mineração. Mata Atlântica. Reflorestamento.
A mineração é uma das causas de mudanças na paisagem de florestas, essas modificações resultam em fragmentação, perda de hábitat e da biodiversidade. As armadilhas sonoras, são tecnologias emergentes que permitem amostrar as atividades acústicas de comunidades de animais e os sons das paisagens, auxiliando em monitoramentos da biodiversidade. O estudo foi realizado em um fragmento de Mata Atlântica no Nordeste do Brasil, desmatado em partes para mineração, e posteriormente reflorestado. Os dados foram coletados por gravadores autônomos, instalados simultaneamente em cinco áreas com diferentes períodos de regeneração florestal (área “nativa”, áreas reflorestadas em 1989, 1999, 2009 e 2019). Realizamos gravações por 72 horas, 15 minutos por hora, em seis meses sendo três secos e três chuvoso. As gravações foram analisadas no Kaleidoscope, com contagens dos sonótipos através de clusters resultando em 366.700 morfoespécies acústicas de biofonia, 24.370 como geofonia e 8.158 de antropofonia no período seco e 386.339 morfoespécies acústicas de biofonia, 36.484 como geofonia e 5.850 de antropofonia. Calculamos sete índices acústicos: Índice de Complexidade Acústica (ACI), Índice de Diversidade Acústica (ADI), Índice de Regularidade Acústica (AEI), Índice Bioacústico (BIO), Entropia Total (H), Eventos por segundo (EVN) e Índice de paisagem sonora de diferença normalizada (NDSI) para aferir tanto a abundância como a diversidade acústica. Desses, os que apresentam melhor representação da configuração da paisagem foram NDSI, AEI e H.