PPGBV PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA VEGETAL - CB DEPARTAMENTO DE BOTANICA - CB Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: LUCAS DE FARIAS CORDEIRO SIQUEIRA ALENCAR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUCAS DE FARIAS CORDEIRO SIQUEIRA ALENCAR
DATA : 28/10/2022
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

DINÂMICA DA COBERTURA FLORESTAL E SUSTENTABILIDADE NA CAATINGA


PALAVRAS-CHAVES:

boom-bust; fronteiras agrícolas; florestas secas; desenvolvimento sustentável.


PÁGINAS: 105
RESUMO:

A melhoria das condições socioeconômicas e a segurança alimentar são dois grandes objetivos de desenvolvimento buscados por diferentes atores (ex. Governos, comunidades, ONG’s), mas o impacto que isto teve sobre a cobertura florestal tem sido majoritariamente negativo. Por outro lado, a contribuição que as florestas dão para o desenvolvimento socioeconômico e a segurança alimentar ainda não é muito claro. Nesta tese busquei entender qual é a relação entre a mudança na cobertura florestal e o desenvolvimento humano em municípios da Caatinga, uma floresta seca no nordeste brasileiro. Além disso, procurei entender com ao variação na cobertura florestal se relaciona com a mudança na segurança alimentar da região. Para o primeiro objetivo utilizei dados de cobertura da terra do MapBiomas e dados socioeconômicos do IBGE (e.g. IDH, pobreza) para os anos 1991, 2000 e 2010. Então realizei uma ANOVA de medidas repetidas para comparar a evolução dos índices socioeconômicos dos municípios com diferentes níveis de cobertura floresta. Também contruí um modelo linear generalizado com análises espaciais adicionais para verificar a robustez dos modelos contra autocorrelação espacial. Para o segundo objetivo, criei um índice de segurança alimentar multidimensional utilizando dados do censo agropecuário dos anos 2006 e 2017. Construí o índice através de uma Análise de Componentes Principais para identificar as principais dimensões da segurança alimentar na região. Posteriormente eu comparei as mudanças neste índice com a variação da cobertura florestal utilizando um modelo linear generalizado. Encontrei que ao longo do tempo todos os índices socioeconômicos melhoram, mas, em geral, os municípios com níveis intermediários de florestas apresentaram uma melhora mais rápida, enquanto que os municípios com baixo nível de cobertura florestal tiveram uma melhora mais lenta. Além disso, também encontramos uma relação quadrática, robusta à autocorrelação espacial, reafirmando que municípios com níveis intermediários de cobertura florestal também apresentam melhores condições socioeconômicas. Para o segundo objetivo, encontrei que os principais fatores que influenciam a segurança alimentar na Caatinga são a pobreza e a desigualdade. Além disso, a segurança alimentar e a cobertura florestal também apresentaram uma relação quadrática. Isto reforça que municípios com muita (>70%) ou pouca (<30%) cobertura florestal têm pior desempenho. Podemos concluir que exite um ganho econômico ao desmatar, especialmente se questões de desigualdade econômica forem enfrentadas, mas desmatar além de um certo limite não trás benefícios para o desenvolvimento do município. Inclusive pode resultar em piora nas condições socioeconômicas locais.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - DANIELLE CAMARGO CELENTANO AUGUSTO
Externo à Instituição - RAONI GUERRA LUCAS RAJÃO - UFMG
Presidente - 1256887 - MARCELO TABARELLI
Notícia cadastrada em: 18/10/2022 13:11
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