Biomassa de raízes, perturbação antrópica crônica e seus estoques de nutrientes em uma área de floresta seca no Nordeste do Brasil
Biomassa abaixo do solo; Agricultura de corte-e-queima; Estoques de carbono; Caatinga; Sucessão secundária.
As mudanças climáticas estão diretamente ligadas aos estoques de carbono (C) na biomassa na
vegetação e as florestas tropicais sazonalmente secas (FTSS) são importantes indicadores de
impactos sobre estes. No FTSS, a biomassa radicular é representativa, pois a vegetação investe
nas raízes como estratégia de sobrevivência. No entanto, a situação desses sumidouros de C é
incerta, pois tem sido afetada pela mudança no uso da terra resultante de distúrbios
antropogênicos crônicos (PAC). O efeito do PAC, mudanças na precipitação, sucessão
secundária e agricultura itinerante de corte e queima na biomassa subterrânea foi avaliado. As
coletas foram realizadas no Parque Nacional do Catimbau, na área de Caatinga no Brasil. Para
o primeiro artigo, foram utilizadas 11 áreas sob diferentes intensidades de CAP e precipitação.
Para o segundo artigo, 12 áreas em cronosequência de regeneração e seis áreas experimentais
de abandono de roças de derrubada e queimada. Nossos primeiros resultados indicam que na
floresta primária a biomassa subterrânea dos 11 povoamentos variou de 3,23 Mg ha-1 a 29,6 Mg
ha-1, com média de 14,6 ± 9,2 Mg ha-1. A biomassa radicular variou significativamente entre
as parcelas em relação às raízes de todos os portes. Nutrientes não variaram nas florestas
maduras.