ATIVIDADES BIOLÓGICAS DE PLANTAS DE USO MEDICINAL EM COMUNIDADES TRADICIONAIS DO
ESTADO DE PERNAMBUCO
planta medicinal; imburana; teste antioxidantes in vitro; teste do micronúcleo; MTT
A fitoterapia é utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil para atender a atenção primária. Mas antes de serem utilizadas pelo SUS, as plantas precisam de comprovação quanto às suas propriedades biológicas e toxicológicas. No presente trabalho, extrato aquoso das cascas de Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett (Burseraceae) foi avaliado quanto ao potencial antioxidante, citotóxico, genotóxico e antigenotóxico. A decocção do material seco foi realizada para extração dos metabólitos, seguida de liofilização. Para avaliar o potencial antioxidante foram utilizados os testes DPPH, ABTS, fosfomolibdênio e poder redutor em 11 concentrações, variando de 0,39 a 200 μg/mL. Os valores de EC50 foram determinados para cada teste: 5,00; 4,45; 42,15 e 38,62 μg/mL, respectivamente. As células de fibroblastos de murinos (L929) foram empregados para avaliar a citoxicicidade, genotoxicidade e antigenotoxicidade. No primeiro teste, nenhuma das concentrações utilizadas (13 concentrações variando entre 1,56 e 6400 μg/mL) alterou a viabilidade celular. No segundo teste, nenhuma das concentrações avaliadas (6,25, 25, 100 e 400 μg/mL) apresentou genotoxicidade. Por outro lado, a concentração de 200 μg/mL não exibiu antigenotoxicidade contra o metil metanossulfonato. Dessa forma, observa-se que o extrato aquoso das cascas de C. leptophloeos apresenta potencial antioxidante promissor com ausência de citogenotoxicidade, com base nos testes realizados, indicando o referido extrato para compor a fitoterapia do sistema de saúde do Brasil.