PPGGEOCFCH PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA - CFCH DEPARTAMENTO DE CIENCIAS GEOGRAFICAS - CFCH Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: CARLOS ALBERTO DUARTE DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CARLOS ALBERTO DUARTE DE SOUZA
DATA : 22/08/2022
HORA: 14:30
LOCAL: Sessão remota de videoconferência
TÍTULO:

A VIOLÊNCIA CRIMINOSA NA CIDADE DO RECIFE-PE ENTRE 1980 A 2018: DAS RECONFIGURAÇÕES NO ESPAÇO URBANO À PSEUDO-SEGURANÇA


PALAVRAS-CHAVES:

Espaço Urbano. Pseudo-Segurança. Recife. Medo e Violência.


PÁGINAS: 186
RESUMO:

A violência tem se apresentado como algo rotineiro, especialmente, nos grandes centros urbanos. Como sabido, existem formas diversas da violência e certos aspectos promovidos por ela são imensuráveis. Essa subjetividade, levou o presente trabalho a considerar a perspectiva da violência criminosa como aquela que cause dano a outro; e, como “quantificador” de sua atuação, os números de homicídios e/ou crimes violentos letais intencionais. A ideia central é perceber como essa violência atuou na cidade do Recife-PE entre os anos de 1980 a 2018, tendo o medo difundido na população pelos meios de comunicação e, o mesmo, influenciando na reconfiguração do espaço urbano; lendo-se que como consequência o espaço materializa o sentimento do medo em novos rearranjos, atribuindo-lhe uma nova configuração. Esse combo de elementos impulsionam a necessidade de proteger-se e defender o patrimônio. A tese, perpassa justamente no sentido de que a segurança promovida não ultrapassa o sentimento e/ou percepção de insegurança, causando o que busco chamar de “pseudo-segurança”. Independente do volume, qualidade, sofisticação de itens de segurança e da localização, o indivíduo ainda continua com a sensação de insegurança e mantem-se em estado de alerta quase que permanentemente. Em outras palavras, a sociedade apresenta respostas ao cenário colocado como violento e inseguro, mudando a forma de suas residências, agregando apetrechos de segurança, locomovendo-se com cuidado; o poder público investe em policiamento, aparelhamento e proteção do patrimônio e, mesmo assim, para 78% das pessoas da cidade do Recife, há permanência da sensação de medo. Para embasar o trabalho, coloca-se no início, como a Geografia contribui na análise de fenômenos violentos e os conceitos de violência e medo, bem como o que se compreende como “pseudosegurança”. Na sequência, para caracterizar um pouco a leitura do medo da violência criminosa considerou, dentro do recorte temporal mencionado, a verificação em âmbitos nacional, estadual e municipal, passagens em jornais diversos, diários oficiais, sites de governos, livros e artigos da área, que demonstrassem os acontecimentos violentos da época. Esse material permitiu inferir e afirmar questões que, de certa forma, implicaram na forma como a sociedade percebia e se organizava diante desses fatos. Para finalizar e arrematar a ideia, apresenta-se no último capítulo os resultados da coleta de 941 instrumentos aplicados em bairros diversos da cidade do Recife-PE. Tal material permitiu inferir e afirmar, minimamente, acerca da percepção dos moradores da cidade sobre violência, medo e segurança, bem como a mesma se reestrutura diante desses elementos. Ainda, apresenta-se os dados do Instituto Fogo Cruzado, que aponta sobre como as ocorrências violentas ocorrem por bairros. Obviamente, fez se uso das informações oficiais prestadas pelos órgãos oficiais. A partir da análise dos dados e da verificação inloco, verificou-se pistas que demonstram as particularidades espaciais, podendo assim fazer uma relação entre a psicosfera (lugar da produção de um sentido. No caso, o medo da violência criminosa) e tecnosfera (mundo dos objetos. A reconfiguração do espaço pelos aparatos e estratégias de segurança) promulgadas por Santos (1997). O trabalho, além do exposto, buscou, igualmente, aproximar o nível de compreensão espacial à realidade urbana, com a clareza do dinamismo e das rápidas mudanças e, sem grandes pretensões, apresentar uma perspectiva de olhar sobre a reconfiguração urbana em função de uma segurança que atende apenas os anseios de certos segmentos econômicos, mas não entrega o bem-estar de viver em um local que seja bom, justo e seguro para todos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - AIALA COLARES DE OLIVEIRA COUTO - UEPA
Presidente - 1296137 - ALCINDO JOSE DE SA
Externo à Instituição - PAULO ROGERIO DE FREITAS SILVA - UFAL
Externo à Instituição - PAULO SÉRGIO CUNHA FARIAS - UFCG
Externo à Instituição - SANTIAGO ANDRADE VASCONCELOS - UFCG
Notícia cadastrada em: 19/08/2022 21:39
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