PPGGEOCFCH PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA - CFCH DEPARTAMENTO DE CIENCIAS GEOGRAFICAS - CFCH Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSÉ ADAILTON LIMA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOSÉ ADAILTON LIMA SILVA
DATA : 21/12/2021
LOCAL: Sessão remota de videoconferência
TÍTULO:

PRODUÇÃO DE FORRAGEM ANIMAL EM FUNÇÃO DO USO DE ÁGUAS SALINAS E RESIDUÁRIAS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO


PALAVRAS-CHAVES:

Escassez de água. Gestão Hídrica. Segurança alimentar.


PÁGINAS: 73
RESUMO:

Atualmente, a baixa produtividade agropecuária advinda das condições naturais (geologia, pedologia, clima etc.) do semiárido brasileiro, tem promovido o surgimento de muitos impactos socioeconômicos e ambientais, tais como: queda na oferta de emprego e renda no campo, o que contribui para o aumento do desemprego e da pobreza; abandono de terras e êxodo rural de inúmeras famílias, o que leva aos inchaços urbanos e periferização das cidades; aumento da desigualdade campo-cidade; aumento do desmatamento e queima da vegetação para fomentar novos campos agropecuaristas, etc. Tomando o supracitado, questiona-se: é possível promover atividades agrícolas ou pecuaristas em regiões semiáridas? Como produzir no campo quando as condições climáticas são adversas? São reversíveis os problemas socioeconômicos e ambientais advindos da inibição das atividades agropecuaristas no semiárido brasileiro? Diante destes questionamentos, surge, contemporaneamente, trabalhos/pesquisas - como Batista e Souza (2015), Silva e Silva (2016), Neto (2020) e Gut et al., (2020) - que buscam evidenciar a permanência da agricultura e criação de animais em regiões semiáridas marcada pela escassez periódica de água. Todavia, há uma incipiência correlacionada à avaliação de sistemas agropecuários permanentes no semiárido brasileiro. Torna-se importante lembrar que mesmo sobre condições edafoclimáticas e geológicas adversas, é comum no SAB a existência de atividades agropastoris com boa rentabilidade produtiva e, consequentemente, econômica (SILVA et al., 2014). Isto ocorre, principalmente, em função do uso de técnicas ou práticas que buscam utilizar os recursos naturais disponíveis localmente em uma perspectiva de convivência com aspectos físicos: clima, solo, geologia etc. De forma exemplar, tem-se no semiárido brasileiro a presença de atividades agrícolas e pecuaristas que se utilizam das águas salobras localizadas no subsolo (HERMES et al., 2014). Noutras palavras, utiliza-se o potencial local – águas salobras – para irrigação de diversos cultivos e para a dessedentação de animais. Somado ao exposto anteriormente, tem-se também o uso de águas residuárias – águas negras, comumente chamadas de esgotos domésticos – para a irrigação de cultivares destinados à produção de forragem animal. Esta iniciativa é viável face ao grande potencial da água de reuso existente no semiárido, assim como por estas águas oferecerem nutrientes ao solo, contribuindo com a fertirrigação das culturas e a reciclagem dos nutrientes (CUNHA et al., 2020, p. 106). Assim, o uso de águas salobras e residuárias mostram-se de grande valia para com a produção contínua de forragem animal no semiárido brasileiro, assim como também, revelam-se como uma iniciativa promissora para manutenção de emprego e renda no campo, mesmo nos longos períodos de estiagem. Diante deste contexto, buscar-se-á validar a seguinte tese: a irrigação com águas salobras e residuárias promove um aumento considerável na produtividade quando comparada com o cultivo de sequeiro, o que contribui para alcançar benefícios sociais, econômicos e ambientais relacionados à segurança alimentar animal em regiões semiáridas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FRANCISCO JOSÉ LOUREIRO MARINHO - UEPB
Externo à Instituição - BARTOLOMEU ISRAEL DE SOUZA - UFPB
Presidente - 2133196 - MARIA FERNANDA ABRANTES TORRES
Notícia cadastrada em: 17/12/2021 23:52
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