Banca de DEFESA: MARIA CLARA VIEIRA MARQUES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA CLARA VIEIRA MARQUES
DATA : 21/02/2022
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

ADESÃO AO TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL DE PACIENTES QUE VIVEM COM HIV/AIDS: UM ESTUDO DE TENDÊNCIA TEMPORAL


PALAVRAS-CHAVES:

Aids, terapia antirretroviral, adesão ao tratamento, dispensação de ARV.


PÁGINAS: 119
RESUMO:

Em 2020, havia 37,6 milhões de pessoas vivendo com HIV (Pvhiv) em todo o mundo, e desde o início da epidemia, 34,7 milhões de pessoas já morreram com a doença.  No Brasil, em 2019, foram diagnosticados 37.308 casos de Aids, sendo registrados um total de 10.565 óbitos pela causa básica Aids. Em 2018, Olinda apresentou coeficiente de mortalidade por Aids superior ao do Estado de Pernambuco – 8,68 e 5,6 óbitos/100.000 hab. respectivamente. O advento da terapia antirretroviral levou à diminuição da morbi-mortalidade relacionada ao HIV/Aids, mas para o sucesso do tratamento, a adesão à terapia antirretroviral assume importância crucial e configura-se num dos maiores desafios no tratamento de Pvhiv. Para responder à pergunta da pesquisa  “Qual o nível de adesão ao tratamento antirretroviral dos pacientes com HIV/Aids atendidos em um serviço de referência no município de Olinda?” o objetivo deste trabalho é analisar a adesão ao tratamento antirretroviral do município. Trata-se de uma pesquisa descritiva e inferencial com abordagem quantitativa, de série temporal, que utilizou dados secundários de 700 usuários, a partir dos registros de dispensação dos antirretrovirais da farmácia por meio do SICLOM, dos anos de 2016 a 2020. Foram obtidos o registro de dispensação mensal de cada paciente, desde a primeira até a última dispensação registrada, esquemas terapêuticos, número de comprimidos dispensados e tempo de tratamento. Foram calculadas a média de dias de atraso na retirada para cada paciente, e a média de dias de atraso de cada ano, obtendo-se um ponto de corte distinto para cada ano. Assim, a média de dias de atraso de cada paciente foi comparada com a média anual de dias de atraso. A adesão foi estabelecida em função da média dos dias de atraso das retiradas, por ano, e foi categorizada adesão suficiente, quando a média de dias de atraso do paciente foi menor que a média anual de dias de atraso e adesão insuficiente, quando a média de dias de atraso do paciente foi maior que a média anual de dias de atraso. Foi utilizado regressão logística para dados em painel para descrever a relação entre a variável que representa a adesão à TARV e as variáveis explicativas. Predominaram indivíduos do sexo masculino (72,8%), idade média de 36,7 anos, cor da pele parda (78,9%), com 12 ou mais anos de escolaridade (31%), residentes de Olinda (92,7%). As variáveis que apresentaram significância estatística com a adesão suficiente foram as variáveis tempo de tratamento, em dias, esquema inicial preferencial (EIP), esquema alternativo (EA) e escolaridade. A taxa de adesão suficiente foi de 67,7%. O registro de dispensação da farmácia tem se mostrado um indicador válido e confiável para medir a adesão, pois permite identificar os usuários com retirada irregular dos ARV e, consequentemente, com risco de não adesão ao TARV. É importante que os serviços de saúde monitorem continuamente a adesão de seus usuários, a fim de que possam intervir precocemente nos casos de descontinuidade do tratamento.  


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANDREIA CRISTINA LEAL FIGUEIREDO
Interno - 2540603 - CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
Interna - 1645903 - ROBERTA DE MORAES ROCHA
Notícia cadastrada em: 14/02/2022 12:19
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