PPGC-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIRURGIA - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: ALVARO MONTEIRO PERAZZO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALVARO MONTEIRO PERAZZO
DATA : 27/02/2023
LOCAL: VIDEO CONFERENCIA
TÍTULO:

AVALIAÇĀO COMPARATIVA ENTRE O TEMPO DE CIRCULAÇĀO EXTRACORPÓREA E ANÓXIA NA CIRURGIA DE SUBSTITUIÇĀO VALVAR AÓRTICA, POR ACESSO ATRAVÉS DE MINIESTERNOTOMIA, UTILIZANDO O IMPLANTE DE PRÓTESE SEM SUTURA COM A PRÓTESE CONVENCIONAL.


PALAVRAS-CHAVES:

Cirurgia de Substituiçāo Valva Aórtica; Valva sem sutura; Biopróteses Convencionais; Tempo de Circulaçāo Extracorpórea; Tempo de Clampeamento Aórtico; Miniesternotomia; Ecocardiografia


PÁGINAS: 90
RESUMO:

As doenças cardiovasculares representam uma das principais causas de mortalidade e aumento de morbidade na população mundial, especialmente as patologias relacionadas a valva aórtica. A estenose aórtica tem sua posição bem delimitada dentre as doenças com maior morbimortalidade, da mesma maneira que o seu tratamento já é bem definido e consolidado na literatura internacional. A substituição valvar aórtica por uma prótese é o tratamento eficaz para as valvopatias aórticas. Com o advento da tecnologia e o desenvolvimento das técnicas cirúrgicas, as mini incisões e os mini acessos cirúrgicos alocaram seu espaço na cirurgia cardiovascular, com excelentes resultados. Sendo assim, este estudo tem como objetivo principal a avaliação do tempo de circulação extracorpórea e o tempo de anoxia, através de miniesternotomia, na cirurgia de susbtituicao valvar aórtica para comparar as próteses biológicas convencionais e a prótese sem sutura (PERCEVAL®). O período observado foi de fevereiro de 2015 a fevereiro de 2021. Dessa maneira, foram estabelecidos dois grupos: pacientes submetidos a implante da prótese PERCEVAL® (foram selecionados 12 pacientes) e pacientes submetidos a implante das biopróteses convencionais (foram selecionados 81 pacientes). Além disso, o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes operados foi avaliado assim como as variáveis: permanência hospitalar, desfecho hospitalar precoce, etiologia das valvas, diagnóstico intraoperatório, gradientes sistólico máximo e médio, suficiência cardíaca através da fração de ejeção do ventrículo esquerdo, como o remodelamento miocárdico através da massa ventricular esquerda. Notou-se que 61,3% dos pacientes eram do sexo masculino, com idade média de 59±16 anos, peso médio de 77±16 quilos, altura média de 165±11 centímetros. Predominava os hipertensos (80.2%), com menor proporção de diabéticos, tabagistas e etilistas. Dislipidêmicos representavam 34,1% do total de pacientes; 19,8% deles eram obesos e 20,9% eram portadores de doença ateromatosa coronariana. Os resultados mostraram que o tempo de circulação extracorpórea e de anóxia foram maiores entre os pacientes do grupo das biopróteses convencionais, com mediana de 61 e 41 minutos, respectivamente, porém não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos comparados (valor de p=0,143 e valor de p= 0,058, respectivamente). Descritivamente, o tempo mediano de permanência hospitalar foi de 2 dias em Unidade de Recuperação Cardiotorácica e o tempo mediano de internamento hospitalar foi quatro vezes maior, 8 dias. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos para estas variáveis. No desfecho hospitalar de 30 dias, todos os pacientes do estudo sobreviveram, não sofreram infarto agudo do miocárdio e nem tamponamento em pós-operatório imediato. Apenas 2% dos pacientes tiveram sangramento, 4,4% implantaram marcapasso definitivo e apenas 1,1% sofreram acidente vascular cerebral; 78% apresentavam calcificação da valva aórtica, onde 74,7% cursavam com estenose importante. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos para os parâmetros ecocardiográficos. Descritivamente, valores maiores foram observados para o grupo das biopróteses convencionais para fração de ejeção e diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo, gradientes sistólicos máximo e médio. Portanto, a cirurgia para substituição valvar aórtica é um procedimento bem formalizado que através da miniesternotomia se torna mais benéfico para os pacientes e onde bons resultados são alcançados com o implante da prótese sem sutura (PERCEVAL®).


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 3315617 - ESDRAS MARQUES LINS
Presidente - 2316049 - FERNANDO RIBEIRO DE MORAES NETO
Interno - 1198757 - SILVIO DA SILVA CALDAS NETO
Notícia cadastrada em: 08/02/2023 10:48
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