ÍNDICE DE RESISTÊNCIA, ARTERIOGRAFIA E ÍNDICE TORNOZELO-BRAQUIAL COMO FATORES PREDITIVOS NA REVASCULARIZAÇÃO DE MEMBROS INFERIORES
Resistência vascular; Ultrassonografia Doppler; Arteriografia; Doença arterial periférica; Índice tornozelo-braquial.
A doença arterial periférica (DAP) é grande problema de saúde pública. Os estágios mais graves da DAP dos membros inferiores contemplam a isquemia crítica (IC), responsável por grande número de amputações. A cirurgia de revascularização é proposta para restaurar o fluxo sanguíneo para o pé. O uso da ultrassonografia Doppler (USD) vem despontando nos últimos anos como método de imagem de grande valor para o planejamento cirúrgico dessas revascularizações. Este estudo busca avaliar o índice de resistência (IR), mensurado através da USD, junto a dados de índice tornozelo-braço (ITB) e arteriografia de subtração digital (ASD) como preditores das cirurgias de revascularização infra-inguinais dos MMII em pacientes com IC. Objetivos: Avaliar o uso do IR, da ASD e do ITB no período pré-operatório como fatores preditores do sucesso hemodinâmico imediato das cirurgias de revascularizações infra-inguinais. Resultados: Dos pacientes analisados, 67,4% apresentaram sucesso hemodinâmico imediato, com variação de ITB > 0,15. Melhor pontuação na classificação de Rossi esteve relacionada com o sucesso hemodinâmico (p < 0,05). Foi observada uma correlação inversa entre a pontuação de Rossi e o IR da artéria revascularizada (p < 0,05). ITB préoperatório apresentou correlação com o resultado cirúrgico, porém, a avaliação não pode ser considerada em 17,4% da amostra, que apresentaram artérias incompressíveis. Neste estudo, menores valores de IR na artéria revascularizada apresentaram correlação com um melhor resultado, do ponto de vista hemodinâmico (p< 0,05). Conclusão: O IR das artérias distais e a classificação arteriográfica de Rossi podem ser correlacionados entre si. Ambos podem ser utilizados na avaliação pré-operatória para prever o sucesso hemodinâmico imediato das cirurgias de revascularização. O valor isolado do ITB no préoperatório não é suficiente para prever o sucesso hemodinâmico na cirurgia de revascularização de pacientes com IC dos MMII.