PPGC-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIRURGIA - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: VANESSA CLAUDIA SOUZA BORBA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VANESSA CLAUDIA SOUZA BORBA
DATA : 05/07/2022
LOCAL: Online - Videoconferência
TÍTULO:

Impacto da obesidade na evolução da COVID 19 grave


PALAVRAS-CHAVES:

COVID-19; obesidade; respiração artificial; pandemia.


PÁGINAS: 40
RESUMO:

A obesidade está associada a um estado de inflamação crônica e redução da imunidade e isso influencia diretamente na gravidade da infecção pelo SARS-CoV-2 1,2,3. Nessa perspectiva, avaliou-se o impacto da obesidade (considerando o IMC > 30Kg/m²) na evolução clínica de pacientes com quadros graves de COVID-19. Metodologia: Foram recrutados pacientes com idade superior a 18 anos admitidos na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital universitário de referência no período de 18 de abril de 2020 a 06 de agosto de 2021. O teste para diagnóstico foi o RT-PCR. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com o CAAE:34736620.6.0008807. É um estudo prospectivo, analítico e observacional. Nesse período, foram admitidos 241 pacientes suspeitos de infecção pela forma grave da COVID-19, desses: 6 não realizaram RT-PCR, 55 tiveram resultado negativo e 180, positivo. Foram excluídos do estudo 18 pacientes por falta de dados e 2 por evoluírem para cuidados paliativos. O resultado foi um espaço amostral de 160 pacientes, 80 pacientes internados no ano de 2020 e 80 pacientes internado em 2021. Dados demográficos, variáveis clínicas, comorbidades, cálculo de escores prognósticos e diversos desfechos clínicos foram coletados usando um formulário próprio. Considerou-se como obesidade pacientes com IMC acima de 30 kg/m². Foram realizados o teste Qui-quadrado de independência e o teste de Mann-Whitney na análise dos dados. Resultados: Cento e sessenta pacientes foram incluídos no estudo, sendo 69 mulheres e 91 homens, média de idade de 55 anos, e tempo médio de permanência na UTI de 11,9 dias. Quarenta e oito pacientes (30%) foram à óbito. Dos 160 pacientes, 78 (48,75%). tinham obesidade (IMC>30 kg/m²). Houve diferença estatística para idade entre os grupos, foram mais obesos jovens, com média de 52 anos (p=0.001). No grupo dos obesos a mortalidade foi de 41,7% x 58,3% (p=0.241). Pacientes obesos utilizaram mais oxigênio através de máscara não reinalante 59,6% x 40,4% (p=0,049) e a relação pao2/fio2 mais baixa 192 x 224,7 (p=0,06). Não houve diferença estatística em relação ao uso de ventilação mecânica invasiva, à uso de droga vasoativa, à hemodiálise, ao uso da prona, ao Sequential Organ Failure Assessment Score (SOFA) de 24h e de 72h e o SAPS3. Conclusão: As evidências sugerem que pacientes com COVID-19 grave e obesidade são paciente mais jovens e necessitam de mais suporte respiratório, mas isso não se refletiu neste estudo em maior mortalidade intrahospitalar quando comparados a pacientes não obesos. Manter o esforço para o entendimento do impacto da obesidade nos pacientes com COVID-19 é fundamental e novos estudos devem focar nisso.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3328566 - EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI B DE BARROS E SILVA
Externa à Instituição - MICHELE MARIA GONCALVES DE GODOY - UFPE
Interna - 5315871 - SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
Notícia cadastrada em: 30/06/2022 14:40
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa02.ufpe.br.sigaa02