COVID-19 GRAVE: ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS HEPATOBILIARES E CORRELAÇÃO COM DESFECHOS CLÍNICOS
COVID-19, SARS-CoV-2, ultrassonografia, fígado e vesícula biliar.
Resumo do trabalho:
Objetivo: Avaliar alterações hepatobiliares através de ultrassonografia em pacientes hospitalizados com COVID-19 (coronavirus disease 2019) e sua associação com mortalidade e variáveis clínicas.
Metodologia: Foi realizado um estudo prospectivo multicêntrico em três hospitais de referência para COVID-19 da cidade de Recife. Foram incluídos 59 pacientes com COVID-19 grave, confirmados por Rt-PCR, os quais foram submetidos a ultrassonografia hepatobiliar entre julho de 2020 e fevereiro de 2021. Correlações com dados demográficos, clínicos e achados de imagem foram realizadas utilizando análise estatística.
Resultados: Entre os 59 pacientes (idade média = 60 anos +/- 15 anos, 61% eram mulheres), os principais achados ultrassonográficos foram: espessamento periportal (66%), esteatose hepática (51%), sinais de hepatopatia crônica (36%), ascite (25%) e hepatomegalia (10%). A vesícula biliar não foi avaliada em 7 pacientes devido distensão inadequada ou colecistectomia prévia. Nos 52 pacientes avaliados, a ultrassonografia mostrou sinais de colestase em 19 (36%), espessamento da parede da vesícula biliar em 9 (17%) e cálculos biliares em 5 pacientes (10%).
Vinte oito pacientes morreram (47%), dentre eles 17 (61%) eram homens. Sinais ecográficos de colestase e espessamento parietal da vesícula biliar foram associados a uma maior mortalidade por COVID-19 grave (p <0.05).
Conclusão: Alterações hepatobiliares foram comuns em pacientes hospitalizados por COVID-19 grave. Colestase e espessamento parietal da vesícula biliar foram associados a uma maior mortalidade por COVID-19 grave (p <0.05).
Palavras-chave: COVID-19, SARS-CoV-2, ultrassonografia, fígado e vesícula biliar.
Número de páginas do trabalho: 30
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